domingo, maio 25, 2025

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Capitão Alberto Neto: O Relator do Caos no INSS e a Vergonha que o Amazonas Não Merece

Enquanto aposentados choram por seus benefícios roubados, um deputado pavimenta o caminho para o maior golpe da Previdência – e ainda ousa sonhar com o Senado.

 

A Operação Sem Desconto escancarou o que muitos já desconfiavam: o INSS foi transformado em um caixa eletrônico para bandidos de colarinho branco, e um dos arquitetos dessa tragédia tem nome e sobrenome – Capitão Alberto Neto (PL-AM). O deputado federal, hoje pré-candidato ao Senado (e quem sabe ao governo do Amazonas), não só facilitou fraudes bilionárias contra os mais vulneráveis, como ainda se apresenta como “defensor do povo”. A hipocrisia não poderia ser mais cruel.

Enquanto R$ 6 bilhões eram sugados dos bolsos de aposentados e pensionistas entre 2019 e 2024, Alberto Neto atuou como relator da MP 1.106/2022, depois convertida na Lei 14.431/2022, que eliminou a obrigatoriedade de revalidação periódica de descontos em benefícios. Sob o pretexto de “proteger idosos na pandemia”, ele ajudou a criar um atalho para o crime organizado. O resultado? Entidades fantasmas, documentos adulterados e milhares de brasileiros tendo seus míseros rendimentos espoliados sem sequer saberem.

Alberto Neto, é claro, nega. Diz que as acusações são “levianas” e que, inclusive, assinou um pedido de CPI. Mas de que adianta fechar a porteira depois que o gado fugiu? A Polícia Federal e a Controladoria-Geral da União (CGU) já identificaram que a flexibilização das regras, capitaneada por ele, foi o combustível para o esquema. Enquanto isso, o Congresso – incluindo aliados e oposição – adiou, procrastinou e enterrou medidas de controle, deixando o caminho livre para os ladrões.

E o que faz um político acusado de ser cúmplice do maior golpe do INSS da história? Mira uma cadeira no Senado. Pior: sonha em governar o Amazonas. É de cair o queixo.

O Amazonas não pode compactuar com um representante que manchou o Congresso e ajudou a desviar dinheiro de quem mais precisa. Se Alberto Neto fosse minimamente responsável, renunciaria ao mandato em vez de se lançar a novas ambições. Mas a ambição, parece, fala mais alto.

A pergunta que fica é: Como confiar em alguém que abriu as portas para a fraude e agora quer ser senador? Como acreditar em um “homem público” cujas ações no Legislativo prejudicaram milhões de idosos?

A sociedade amazonense – e brasileira – não pode se calar. É hora de exigir investigações rigorosas, devolução dos valores roubados e, acima de tudo, impedir que os responsáveis por essa tragédia continuem ocupando cargos de poder.

Alberto Neto não pode ser senador. Muito menos governador. Quem abre as portas para a fraude não merece abrir portas para o futuro do Amazonas.

Chega de hipocrisia. Chega de impunidade.

Rafael Medeiros
TREZZE Comunicação Integrada

(Artigo jornalístico-denunciativo, com base em fontes primárias: Operação Sem Desconto/PF, CGU, Jornal Nacional e apuração legislativa.)

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