terça-feira, abril 22, 2025

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aposentados são agredidos por forças policiais de Milei


Milhares de argentinos aposentados que se manifestavam em Buenos Aires na última quarta-feira (26/03) contra os cortes do governo de extrema direita de Javier Milei foram agredidos pelas forças policiais. A violência aos protestantes faz parte da ordem de repressão brutal contra a mobilização dos aposentados ordenada pela ministra da Segurança, Patricia Bullrich.

Enquanto marchavam contra a decisão de Milei em congelar o bônus de pensão para os aposentados e encerrar moratória previdenciária, que permite aposentadoria para aqueles que não cumpriram formalmente os anos exigidos de contribuição, os civis ficaram feridos após serem atacados com gás lacrimogêneo pela polícia.

A violência ocorreu em frente ao Congresso, onde um cordão de segurança havia sido estabelecido. Quando os manifestantes tentaram avançar pela Avenida Entre Ríos, policiais reprimiram o protesto, resultando em ferimentos em uma menina e uma idosa. Um grupo de manifestantes também foi cercado nas ruas Callao e Rivadavia.

Segundo alguns cidadãos, a operação ordenada por Bullrich atingiu cifras monetárias excepcionais, levando-os a questionarem “de onde vem tanto dinheiro”. “Dizem que não há dinheiro para nós”, afirmavam os manifestantes.

Ministerio de Seguridad Nacional/X
Violência contra os manifestantes faz parte da ordem de repressão brutal  ordenada pela ministra da Segurança, Patricia Bullrich

Nos últimos dias, protestos e atos de repressão na Argentina ganharam atenção. Em 12 de março, foi organizada a Marcha dos Aposentados, mobilização que foi marcada por uma forte repressão imposta pelas forças de segurança, e que terminou com mais de 150 detenções e dezenas de pessoas feridas, entre as quais nove apresentaram casos graves e com ferimentos na cabeça. Entre os feridos está Pablo Grillo, um fotojornalista.

As mobilizações ocorrem devido ao fato de que mais de 240 mil pessoas não poderão se aposentar este ano porque não atingiram 30 anos de contribuições formais e não podem acessar os mecanismos para obter a previdência.

Além disso, os idosos enfrentam dificuldades no acesso aos serviços de saúde, como a obtenção de medicamentos devido aos seus altos custos.

Apesar da repressão contínua, os manifestantes continuarão a agir. Nora Biaggio, representante do Movimento dos Aposentados, afirmou que eles continuarão com suas reivindicações porque “os pontos que nos levaram à luta continuam válidos”.

(*) Com TeleSUR



Fonte: Opera Mundi

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