quinta-feira, abril 24, 2025

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Israel mata porta-voz do Hamas e mais 25 em ataque contra Gaza


As Forças de Defesa de Israel (IDF, por sua sigla em inglês) realizaram ataques contra Gaza nesta manhã (27/03) que matou o porta-voz do Hamas, Abdel-Latif al-Qanoua, de acordo com a emissora Al-Aqsa e a Agência de Notícias Shehab.

Abdel-Latif al-Qanoua morreu em Jabalia junto com sua mulher quando a tenda em que dormiam foi bombardeada.

Ao menos outros 25 palestinos foram mortos e 82 ficaram feridos em vários ataques aéreos israelenses realizados em Gaza nas últimas 24 horas, segundo o Ministério da Saúde do enclave.

O Ministério da Saúde ressalva que o número total de mortos inclui apenas os que chegaram a algum hospital. “Várias vítimas ainda estão sob os escombros e nas estradas, sem acesso a ambulâncias e equipes de defesa civil”, destacou o comunicado da pasta no Telegram.

Há crianças entre os feridos e ao menos uma morreu em Abasan al-Kabira, perto de Khan Younis, quando a casa onde morava foi bombardeada.

Ordens de evacuação já deslocaram 140 mil em nove dias

Na Cidade de Gaza, o Exército de Israel emitiu esta manhã novas ordens de evacuação orientando famílias a fugirem para o sul. Muitos, porém, rejeitaram as ordens, dizendo que não têm para onde ir e que a região também vem sendo intensamente bombardeado.

Desde que Israel retomou os ataques rompendo o cessar-fogo, 140 mil pessoas já se deslocaram no enclave por ordens de evacuação. A maioria eram mulheres e crianças.

Os alvos dos ataques, segundo o Exército israelense, são autoridades seniores e de médio escalão do Hamas, mas as baixas entre civis continuam altas. Duas outras importantes lideranças do grupo islâmico morreram no domingo em Khan Younis.

Ismail Barhoum, chefe de finanças e instituições do Hamas, morreu no bombardeio ao Hospital Nasser, onde se tratava de ferimentos sofridos no ataque anterior. Já Salah al-Bardaweel, membro do Conselho Legislativo Palestino, morreu junto com sua esposa quando caças bombardearam tendas de desabrigados.

Ambos integravam o gabinete político do Hamas, órgão decisório composto por 20 membros, dos quais 11 morreram desde o início das atuais hostilidades, em outubro de 2023.

Ataques israelenses em Gaza
Fotos Públicas
Os ataques israelenses em Gaza têm se concentrado em edifícios residenciais e tendas

Protestos contra a guerra em Gaza

O cansaço da guerra vem produzindo protestos em Gaza nos últimos dias. Na quarta-feira (26/03), milhares de palestinos saíram às ruas no norte de Gaza no segundo dia de manifestações contra a guerra. Alguns, segundo a agência AP, gritavam palavras contra o Hamas, numa rara demonstração pública contra o grupo.

“Nossas crianças foram mortas. Nossas casas foram destruídas”, disse Abed Radwan por telefone à agência. Ele contou que se uniu aos protestos “contra a guerra, contra o Hamas e facções, contra Israel e contra o silêncio do mundo.”

Outro palestino que participou de um dos primeiros protestos na terça-feira (25/03), Ammar Hassan, disse que tudo começou com algumas dezenas de pessoas protestando contra a guerra. Mas o grupo logo cresceu e começaram os gritos contra o Hamas.

“Queremos parar a matança e o deslocamento, não importa o preço. Não podemos impedir Israel de nos matar mas podemos pressionar o Hamas a fazer concessões”, disse Mohammed Abu Saker, que também participou das primeiras manifestações.

Bassem Naim, um alto funcionário do Hamas, disse que as pessoas tinham o direito de protestar, mas que o foco deveria ser Israel, o “agressor criminoso”.

Mais de 50 mil mortos

Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, desde outubro de 2023, ao menos 50.208 palestinos morreram nos ataques de Israel e outros 113.910 ficaram feridos. O número sobe a mais de 61 mil porque milhares de palestinos desaparecidos sob os escombros estão presumivelmente mortos.

Desde que Israel rompeu o cessar-fogo, dia 18 de março passado, matou ao menos 855 palestinos em Gaza e feriu outros 1.869.

Continuam os ataques à Cisjordânia e Síria

Em Masafer Yatta, ao sul de Hebron, na Cisjordânia, colonos israelenses atacaram esta manhã pastores palestinos e tentaram roubar o rebanho de uma família. Soldados armados assistiram a cena impassíveis, informou a agência Wafa.

Ataques similares de colonos ocorrem há décadas na Cisjordânia ocupada, mas se tornaram muito mais frequentes depois de outubro de 2023. Eles visam forçar os moradores a deixar suas terras para que novos colonos possam se instalar.

Em Nablus, também na Cisjordânia ocupada, soldados israelenses mataram a tiros Ismail Samer Sharafa, de 18 anos, perto da cidade de Hawara.

Já na Síria, Israel bombardeou esta manhã um depósito de munição em Latakia, na área de Porto Branco. Segundo o Observatório Sírio para os Direitos Humanos, seis mísseis causaram danos significativos ao armazém, mas nenhuma vítima.



Fonte: Opera Mundi

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