terça-feira, maio 27, 2025

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Morales reafirma candidatura à Presidência e anuncia partido


O ex-presidente da Bolívia, Evo Morales, realizou neste sábado (29/03) na Villa Tunari, no Trópico de Cochabamba, um congresso político com seus apoiadores, com o objetivo de criar um novo partido político para que possa concorrer às próximas eleições presidenciais do país, marcadas para em agosto.

Segundo reportou o jornal local Correo del Sur, o líder progressista reafirmou sua intenção de concorrer à Presidência de forma interina pela Frente para la Victoria (Frente pela Vitória). De acordo com Morales, a criação do novo partido político surge do evento deste sábado.

Ainda de acordo com o periódico, o ex-mandatário assegurou que no FPV e na futura chapa “os jovens terão a oportunidade de ocupar cargos partidários, o que os capacitará a se tornarem verdadeiros líderes capazes de enfrentar os problemas da Bolívia”.

Morales também criticou a falta de mobilização social do governo no movimento paralelo que ocorreu na capital La Paz. Também neste sábado o presidente Luis Arce tentou reunir seus apoiadores para o 4º Congresso Orgânico “Pela Unidade, Reconstrução e Redirecionamento”.

De acordo com o Correo del Sur, o objetivo do evento era reformar os estatutos internos do Movimento ao Socialismo (MAS) para permitir que Luis Arce concorra como candidato presidencial do partido.

No evento, o atual presidente defendeu que “a unidade é a chave para garantir a vitória eleitoral e continuar a industrialização do país”.

Evo Morales/X
Durante evento com apoiadores, Morales defendeu movimento político para “salvar a Bolívia”

Contexto

Evo Morales se tornou o principal opositor do governo de Luis Arce depois de voltar do exílio na Argentina em 2020. Morales começou a criticar algumas decisões de Arce e seus apoiadores e disputar espaço pela candidatura MAS.

O estopim da desavença, na corrida pela liderança do MAS, se deu em outubro de 2023, quando apoiadores de Morales organizaram um congresso em Lauca Eñe, no distrito de Cochabamba. A região é seu berço político e reduto eleitoral. No evento, ele chamou os apoiadores de Luis Arce de “traidores”.

Neste mesmo evento, o MAS determinou a expulsão de Arce do partido, já que ele, como representante da sigla no Executivo, não compareceu ao congresso.

Em fevereiro passado, Morales anunciou que participará das eleições do país pelo FPV. Com isso, o ex-mandatário deixou o MAS de maneira definitiva, depois de fundar a sigla há 28 anos.

A decisão de Evo também desafia uma medida da Justiça eleitoral do país. O Tribunal Constitucional Plurinacional da Bolívia decretou, em dezembro de 2023, que presidentes e vice-presidentes só poderiam exercer o cargo por dois mandatos, de forma seguida ou não. Com a sentença judicial, Evo Morales, que foi presidente por quatro mandatos, não poderia voltar ao poder.

O FPV, no entanto, também foi impedido de participar das eleições pelo TSE por supostas irregularidades na eleição de sua diretoria.

(*) Com TeleSUR, Brasil de Fato e informações de Correo del Sur





Fonte: Opera Mundi

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