Sessão solene surge de iniciativa da deputada estadual Monica Seixas em conjunto com Fórum Latino-Palestino, e contará com a presença de Breno Altman
A Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo realizará nesta sexta-feira (04/04) um evento especial para celebrar o Dia da Terra Palestina.
A sessão solene é resultado de uma iniciativa conjunta entre a deputada estadual Monica Seixas e o Fórum Latino-Palestino, e contará com a participação de figuras como a historiadora Arlene Clemesha, o médico Mustafa Barghouti e o jornalista Breno Altman, fundador de Opera Mundi, além da própria parlamentar e de outras figuras destacadas.
A reportagem de Opera Mundi conversou com Mohamad El-Kadri, presidente do Fórum Latino-Palestino e um dos palestrantes da celebração que acontecerá no Auditório Teotônio Vilela, a partir das 19h.
Segundo ele, “este evento acontece para dar luz ao massacre em Gaza e atingir um público diferente ao público que acompanha as manifestações de rua”, afirmou El-Kadri.
“O Dia da Terra Palestina é uma data comemorada em várias cidades brasileiras, como ocorreu no último fim de semana, e também em vários países pelo mundo, inclusive nos Estados Unidos”, explicou El-Kadri.
Solenidade na Alesp contará com as presenças de Arlene Clemesha e Breno Altman, entre outras figuras destacadas
O ativista da causa palestina acrescentou que o evento “será com certeza muito importante, pelas personalidades que participarão e as pessoas que estão fazendo um excelente trabalho de divulgação, e também atuando de forma muito entusiasta na defesa do povo palestino”.
“Devemos, apenas, ter o cuidado de não permitir provocações, porque a assembleia está repleta de fascistas e extremistas, que podem tentar algo, como já fizeram antes. Apesar disso, acho que se trata de uma belíssima iniciativa, e quem não for perderá uma oportunidade ímpar de ver pessoas de alto conhecimento e ricos em informações sobre a causa do povo palestino”, completou o presidente do Fórum Latino-Palestino.
Sobre os objetivos da solenidade, El-Kadri afirmou que espera contribuir para uma maior conscientização das autoridades brasileiras, mas também disse entender que Na verdade, “é difícil o governo brasileiro ou qualquer outro governo fazer algo para mudar a situação em Gaza ou na Cisjordânia. Israel não está nem um pouco preocupada com isso, pois mantém um cerco permanente a Gaza e está fazendo o mesmo na Cisjordânia, contando também com o silêncio da Autoridade Nacional Palestina (ANP)”.
“O Brasil já tem motivos suficientes para ter rompido suas relações com Israel, principalmente com as ofensas e intromissões dos representantes de Israel na política brasileira, mas ao mesmo tempo, o país quer protagonizar possíveis negociações e possível mudança nas Nações Unidas, pleiteando uma cadeira permanente no Conselho de Segurança”, concluiu o ativista.
Fonte: Opera Mundi