quarta-feira, abril 23, 2025

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‘desta vez, é Trump quem precisa de Netanyahu




No dia em que as bolsas de valores despencaram pelo mundo afora, em resposta à guerra comercial do governo Trump, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu desembarcou em Washington nesta segunda-feira (07/04).

O encontro, uma reunião marcada de última hora com o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, foi apontado pelo jornalista Chaim Levinson, como um momento oportuno ao republicano. Desta vez, defendeu o analista, não é Netanyahu quem precisa de Trump, mas o contrário. A análise foi publicada no Haaretz.

“No meio de uma tempestade política e econômica de sua própria autoria, Trump precisa desesperadamente que os ‘chefes de Estado’ se voltem para ele para negociar um novo ‘acordo comercial’ para que ele possa alegar que sua estratégia está funcionando”, disse.





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Com suporte crucial dos Estados Unidos na promoção de sua guerra contra os palestinos, Netanyahu se ofereceu para ser o primeiro da fila. O esperado, aponta Levinson, é que o primeiro-ministro israelense prometa tudo o que Trump quer ouvir, dando ao republicano algum espaço “para respirar nas próximas 24 horas”, enquanto seus “eleitores testemunham o valor de suas pensões e economias diminuir, junto com o colapso do mercado de ações”.

Joyce N. Boghosian/ Casa Branca
Netanyahu, o primeiro da fila para chancelar a guerra comercial de Trump

Segundo Levinson, agora, o presidente dos Estados Unidos precisa mostrar força diante das demais economias do globo, cujas lideranças “veem uma rara oportunidade de colocar Trump de joelhos, deixando-o sangrar com o tempo” em sua guerra comercial.

Irã

O governo de Israel insiste que a reunião desta segunda-feira é sobre o Irã, contra o qual, os Estados Unidos pressionam, em vão, para trazer Teerã à mesa de negociações.

Levinson destaca ser consenso entre todos os analisas que um ataque às instalações nucleares do país promoverá uma guerra no Golfo. O ataque foi prometido duas semanas atrás pelo porta-voz de Netanyahu, Jacob Bardugo. Agora, eles afirmam que ocorrerá em meados de maio.

O fato, aponta Levinson, é que “se os preços do petróleo dispararem, isso atingirá os bolsos do norte-americano médio, que já está prestes a ser duramente atingido pelas tarifas. Eles terão que pagar o dobro pela gasolina de sua caminhonete gigantesca e desperdiçadora”.

“Mesmo que Trump se especialize em tomar decisões erradas, o Irã concordará com as negociações e depois ganhará tempo. E Netanyahu culpará Ronen Bar pelo fracasso em atacar o Irã”, avalia.



Fonte: Opera Mundi

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