O governo dos Estados Unidos anunciou nesta quarta-feira (08/04) que vai aplicar uma tarifação adicional de 50% aos produtos da China, o que eleva a sobretaxa ao país a um total de 104%, considerando as demais tarifas aplicadas desde a chegada de Donald Trump ao poder.
A medida ocorre dois dias depois de Pequim revelar que aplicaria tarifas recíprocas de 34% aos produtos norte-americanos, como resposta ao grande pacote tarifário apresentado por Trump há uma semana. Na ocasião, Washington criticou a represália e exigiu que o governo chinês a derrubasse em 48 horas – prazo que se encerrou nesta tarde – ou sofreria novas sanções.
Segundo a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, “o presidente Trump acredita que a China também deve chegar a um acordo com os Estados Unidos” para solucionar a situação.
“Quando os Estados Unidos são atingidos, eles respondem com mais força, e é por isso que tarifas de 104% entrarão em vigor hoje à meia-noite”, acrescentou.
Leavitt também disse que “quase 70 países entraram em contato com o presidente Trump para negociar sua política comercial e chegar a acordos tarifários”.
Reprodução vídeo / X
“A mensagem do presidente tem sido simples e consistente desde o início para países ao redor do mundo: tragam suas melhores ofertas e ele ouvirá”, comentou a porta-voz.
A funcionária norte-americana concluiu sua declaração dizendo que “países como a China, que escolheram retaliar e tentar duplicar seus maus-tratos aos trabalhadores americanos, estão cometendo um erro. O presidente Trump tem uma espinha dorsal de aço e ela não vai quebrar, e a América não vai quebrar sob sua liderança”.
Reação chinesa
Horas antes da decisão desta quarta-feira, o Ministério do Comércio da China prometeu que vai combater a política de guerra tarifária promovida por Washington “até o fim”, e que não cederia diante das ameaças de taxas adicionais de 50% sobre as importações chinesas.
Nesta terça-feira (07/04), o ministro do Comércio chinês, Wang Wentao, afirmou que a política norte-americana é “um erro que se adiciona a outro erro”.
“A China nunca aceitará isso e adotará contramedidas incisivas para proteger seus próprios direitos e interesses”, disse o ministro, que anunciou, ao mesmo tempo, medidas de apoio à economia interna.
Fonte: Opera Mundi