Antes da resposta oficial da China às tarifas, a mídia estatal chinesa e as redes sociais estavam ocupadas zombando das medidas.
“Os EUA estão travando uma guerra comercial enquanto pedem mais ovos”, diz uma hashtag popular na plataforma de mídia social Sina Weibo.
A hashtag, que foi criada pela emissora estatal chinesa CCTV, zomba do fato de os EUA terem entrado em contato com aliados importantes sobre a importação de mais ovos devido à escassez relacionada à gripe aviária.
O aumento do preço dos ovos foi um ponto de encontro durante a eleição presidencial dos EUA no ano passado, e Trump foi eleito com a promessa de que controlaria o aumento do custo de vida.
“Dar um tiro no próprio pé pode ser considerado uma retribuição. Não só os ovos são caros, mas também a comida, as roupas e outras necessidades diárias”, dizia um comentário no Sina Weibo, segundo o veículo de notícias de Hong Kong HK01.
“Haha, um país tão grande nem tem os ovos mais básicos”, acrescentou o comentário.
Ministério do Comércio: China quer dialogar em pé de igualdade
À agência de notícias estatal chinesa, Xinhua, o Ministério do Comércio chinês confirmou nesta quarta-feira (9) que o país tomará contramedidas e lutará até o fim se os Estados Unidos insistirem nas medidas econômicas e comerciais restritivas.
“Quero enfatizar que não há vencedor em uma guerra comercial, e a China não quer uma guerra comercial, mas o governo chinês não ficará indiferente de jeito nenhum quando os direitos legítimos de seu povo estão sendo prejudicados e privados”, disse um funcionário do ministério.
Observando que os sucessos da China e dos Estados Unidos são oportunidades e não ameaças um para o outro, o funcionário disse que os chineses esperam que o governo norte-americano remova imediatamente sua imposição unilateral de tarifas e trabalhe em conjunto para fortalecer o diálogo, administrar as diferenças e promover a cooperação.
A China está disposta a se comunicar com os Estados Unidos sobre as principais questões econômicas e comerciais bilaterais, abordar suas respectivas preocupações por meio de diálogo e consultas em pé de igualdade, e avançar juntos no desenvolvimento estável, saudável e sustentável das relações econômicas e comerciais entre a China e os Estados Unidos, observou o funcionário.
Fonte: ICL Notícias