terça-feira, abril 22, 2025

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Lucchesi encerra ciclo na CNI para assumir a presidência da Tupy


O economista Rafael Lucchesi encerrou ciclo de 18 anos de trabalho na Confederação Nacional da Indústria (CNI) nesta terça-feira (08), onde exerceu diversos cargos de liderança, entre os quais os de diretor de Desenvolvimento Industrial da CNI e diretor-superintendente do Sesi Em longo texto de despedida aos colegas, destacou a trajetória iniciada em 2007 na qual liderou e/ou participou de iniciativas que aceleraram a inovação da indústria brasileira. Entre as conquistas nesse período estão a criação da Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI) e o primeiro lugar na maior competição de educação profissional do mundo, a WorldSkilss em 2015.

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– A defesa da indústria ajudou a moldar quem eu sou. Essa jornada começou ainda na universidade e encontrou plena realização nos anos que dediquei ao Sistema Indústria. Agora sigo adiante, mas com a certeza de que as conexões humanas e profissionais que construí aqui seguirão comigo – afirmou Lucchesi no final do discurso.

Indicado pelos maiores acionistas da indústria Tupy S.A, o BNDESpar e a Previ (que somam 53% do capital), Lucchesi foi eleito pelo conselho e vai assumir dia 01 de maio. Nesse período, fará uma transição com o atual presidente da companhia, Fernando de Rizzo.

Leia, a seguir, a íntegra do discurso de despedida do Lucchesi na CNI:

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Caros colegas e amigos!

A vida profissional é feita de ciclos, e hoje encerro com gratidão e orgulho um ciclo de 18 anos na Confederação Nacional da Indústria (CNI), iniciado em fevereiro de 2007, a convite do então presidente Armando Monteiro Neto.

Cheguei à CNI como Diretor de Operações, nesse primeiro ciclo tive o privilégio de conviver com profissionais brilhantes como José Augusto Coelho Fernandes, Marco Antônio Guarita, Flávio Castelo Branco, Renato da Fonseca, Emerson Casali, Wagner Cardoso, Maurício Mendonça, Vladson Menezes, Heloisa Menezes, Soraya Rosar, Mario Sergio Carraro, Denise Bezerra e Camilla Cavalcanti entre outros. A CNI é uma escola de formação de quadros e equipes de excelência.

Compartilhamos projetos marcantes como o Mapa Estratégico da Indústria (2007-15), a criação da Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI), os Encontros Nacionais da Indústria (ENAI), a criação do Programa de Desenvolvimento Associativo (PDA) e a negociação do acordo de gratuidade com o Ministério da Educação, entre muitas outras missões.

Em 2011, assumi, a convite do presidente Robson Braga de Andrade, a Diretoria de Educação e Tecnologia (DIRET), acumulando as funções de Diretor Geral do SENAI e Diretor Superintendente do SESI, cargos que ocupei de janeiro de 2011 a outubro de 2023. Durante esse período, formei, com orgulho, um time altamente qualificado. Os principais líderes desse time foram: Sergio Moreira, Gustavo Leal, Marcos Tadeu, Paulo Mol, Jefferson Gomes, Gianna Sagazio, Felipe Morgado, Sergio Gotti, Sergio Motta, Wisley Pereira, Emmanuel Lacerda, Marcelo Prim, Claudia Ramalho, Eliane Fernandez, Marcio Guerra, Roberto Medeiros, Frederico Lamego, Paulo Freitas, Eduardo Vaz, Luiz Caruso, entre tantos outros — com quem implementei projetos transformadores.

Entre essas realizações estão os Institutos SENAI de Inovação e de Tecnologia, o Programa Brasil Mais Produtivo, a expansão e modernização da educação do SENAI e do SESI, o SENAI +Digital, a Escola SESI de Referência, a Robótica Educacional,a nova Educação de Jovens e Adultos-EJA, a articulação influência para o novo Ensino Médio e a BNCC, o primeiro lugar na maior competição de educação profissional do mundo – WorldSkilss 2015, a criação da plataforma digital de saúde e segurança no trabalho, a estruturação das parcerias internacionais e a consolidação dos Torneios de Robótica do SESI, o SESI Lab. Também foram criados o Observatório Nacional da Industria, do Instituto SESI e SENAI de Tecnologias Educacionais e a criação da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (EMBRAPII).

Também atuei em diversas representações e conselhos, como o Conselho Nacional de Educação (CNE), do Comitê Gestor do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT), como copresidente da Aceleradora de Competências do World Economic Forum no Brasil, Membro do Board da World Skills International, na presidência do Conselho da Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores – ANPROTEC, entre outros.

Em 2023, a convite do presidente Ricardo Alban, assumi a Diretoria de Desenvolvimento Industrial e Economia, mantendo também a função de Diretor Superintendente do SESI e Diretor da ICC-Brasil, International Chamber of Commerce. Mais uma vez, tive a oportunidade de estar cercado por uma equipe competente, com destaque para Mario Sergio Carraro, Fabricio Silveira, Marcio Guerra, Claudia Ramalho, Emmanuel Lacerda e Wisley Pereira, Frederico Lamego e Constanza Negri entre outros.

Durante esse período, a CNI teve papel relevante e propositivo na construção da Nova Indústria Brasil e do Plano Mais Produção, atuando de forma republicana, dentro de um ambiente democrático, no âmbito do Conselho de Administração do BNDES, Conselho Nacional de Desenvolvimento Industrial – CNDI, Fundo Nacional de Desenvolvimento Industrial e Tecnológico (FNDIT), Plano Brasileiro de Inteligência Artificial – PBIA, Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial – ABDI, entre outros fóruns estratégicos.

Além disso participei de importantes iniciativas como a Organização “The Global Business Fórum” B20 Brasil, os programas estratégicos em parceria com o Conselho Nacional do SESI e os Ministérios do Trabalho e Emprego e da Saúde, a criação do Movimento Empresarial pela Saúde – MES, os programas de digitalização da Rede SESI de Educação, a ampliação da Rede de Escola de Referência do SESI, a consolidação do Centro SESI de Formação e a Política Nacional de Cultura do SESI entre outros.

Foram quase duas décadas de aprendizado contínuo e colaboração intensa com as equipes da CNI, cuja excelência técnica é amplamente reconhecida. Ao longo dessa trajetória, tive o privilégio de compartilhar projetos, ideias e desafios com líderes de outras áreas da CNI também altamente qualificadas, que contribuíram de forma decisiva para a consolidação da CNI como uma instituição estratégica para o desenvolvimento industrial do Brasil.

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Registro meu reconhecimento a nomes que marcaram profundamente essa jornada — Antônio Carlos Maciel, Hélio Rocha, José Manuel Martins, Carlos Cavalcanti, Cassio Borges, Carlos Henrique, Carlos Abjaodi, Carlos Barreiros, Fernando Trivelato, Ana Maria Curado, Teodomiro Braga, Carlos Barreiros, José Mauro, Monica Messemberg, Lytha Spindola, Roberto Muniz, Cid Viana, Danuza Lima, André Curvelo — entre tantos outros que deixaram sua marca com talento, dedicação e compromisso com o país.

A excelência técnica da CNI, do SESI, do SENAI e do IEL é resultado do trabalho de equipes de altíssimo nível, movidas por propósito, ética e compromisso com o Brasil. Foi um privilégio conviver e aprender com profissionais tão brilhantes, cuja dedicação e talento transformaram projetos em referências nacionais em qualidade, inovação e impacto para a indústria e para a sociedade.

Agradeço sinceramente aos três presidentes da CNI com quem tive a honra de trabalhar, pela confiança, apoio e liderança. Estendo meu reconhecimento a todos os presidentes das Federações das Indústrias e das Associações Setoriais da Indústria — parceiros incansáveis e mestres generosos com quem aprendi diariamente. Faço aqui um agradecimento especial a todos esses líderes das Federações e das Associações Setoriais em nome de José de Freitas Mascarenhas, ex-presidente da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB) com quem trabalhei entre 1996 a 2002.

Registro ainda um agradecimento especial às equipes de assessoria e secretaria que me acompanharam com lealdade e competência ao longo dessa jornada, em nome de Monica Giaglio, Luís Claudio, Natalia Pacheco, Sara Yehia, Denise Gregory, Tania Alencar, Adriana Marliere e Naiara Santos.

Despeço-me levando comigo não apenas as memórias de importantes realizações, mas, principalmente, o respeito, a amizade e o espírito de colaboração que encontrei em cada projeto, reunião e parceria. Foi um privilégio caminhar ao lado de pessoas tão comprometidas com o desenvolvimento industrial do Brasil.

Desejo sucesso aos que seguem na missão de fortalecer a indústria brasileira e saúdo os que chegam com novas ideias e energias renovadas. Mantenho-me disponível e engajado, agora em um novo capítulo da minha trajetória profissional, com muito entusiasmo, na Tupy.

A defesa da indústria ajudou a moldar quem eu sou. Essa jornada começou ainda na universidade e encontrou plena realização nos anos que dediquei ao Sistema Indústria. Agora sigo adiante, mas com a certeza de que as conexões humanas e profissionais que construí aqui seguirão comigo.

Tenho plena confiança de que, com o talento, comprometimento e excelência que caracterizam nossas entidades e suas equipes vamos evoluir ainda mais nessa história de sucesso. O Brasil precisa avançar com determinação na agenda de se tornar uma potência verde e sustentável, com uma nova onda de reindustrialização, especialmente diante dos desafios da transição energética e da descarbonização produtiva.

Tenho certeza de que a força da indústria brasileira, aliada à capacidade técnica e inovadora que sempre nos distinguiu, continuará sendo essencial para construirmos juntos um futuro promissor para o país. Desejo-lhes sucesso nessa jornada que continua, com a certeza de que a CNI será protagonista dessas transformações tão importantes.

Muito obrigado. Até breve!

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Fonte: NSC

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