A cidade de Quito, capital do Equador, foi palco de dois atos massivos na noite desta quarta-feira (09/04), referentes ao fechamento das campanhas dos dois presidenciáveis que disputarão o segundo turno das eleições do país, marcado para o próximo domingo (13/04).
A líder progressista Luisa González, representante da coalizão de esquerda Revolução Cidadã (RC), realizou seu ato no Estádio Chillogallo, do clube Aucas para mais de 100 mil pessoas que compareceram apesar da chuva que caiu sobre a região sul da capital equatoriana.
Em seu discurso, Luisa defendeu a “retomada das políticas com as quais, há poucos anos atrás, o Equador podia se gabar de ser um dos países da América Latina que melhor protegem os seus cidadãos, mas que foram desmanteladas pelos três governos de direita que vivemos nos últimos dez anos”.
A declaração faz referência às gestões de Lenín Moreno (2017-2021), Guillermo Lasso (2021-2023) e à do atual presidente Daniel Noboa, seu adversário no segundo turno.
Em seguida, a candidata progressista propôs aos eleitores que “quando forem às urnas neste domingo, façam uma pergunta a vocês mesmos, e respondam com a cabeça, com o coração, e também com uma mão no bolso: a sua vida melhorou nos últimos anos? E se a resposta for que não, é porque este país precisa de uma mudança de rumo, deixar de lado as políticas da direita que só favorecem os mais ricos, e voltar a implementar as medidas que ajudam o povo, aqueles que realmente constroem e sustentam o nosso país”.
Apesar do fechamento da campanha na capital do país, a candidata ainda realizará um último ato político nesta quinta-feira (10/04), em Guaiaquil.
Revolução Cidadã
Noboa promete aliança com os EUA
Já o atual presidente Daniel Noboa, candidato à reeleição pelo partido de extrema direita Ação Democrática Nacional (ADN), realizou seu ato final na capital no Ginásio General Rumiñahui, também para mais de 100 mil pessoas.
Durante seu discurso, o mandatário de extrema direita acusou Luisa González de querem “implementar no Equador as mesmas políticas que fracassaram nas ditaduras da Venezuela e da Nicarágua”.
“Cada eleição que temos é uma nova oportunidade que nós equatorianos temos de rechaçar essa volta ao passado que não queremos mais, desse socialismo corrupto, aliado do narcotráfico, e de escolher seguir em frente no projeto de um país com mais liberdade e mais segurança”, acrescentou.
Noboa também enfatizou que, caso seja reeleito, sua próxima gestão estará dedicada a “fortalecer nossas alianças com as nações desenvolvidas do Ocidente, como os Estados Unidos, principalmente para erradicar de vez o problema do narcotráfico do nosso país”.
O ato do candidato à reeleição foi o último em Quito. Nesta quinta-feira (10/04), ele encabeçará mais um comício, na cidade de Cuenca, que será o fechamento definitivo de sua campanha no segundo turno.
Vale lembrar que, no primeiro turno, Noboa obteve 44,17% dos votos, enquanto Luisa teve 44,01%. A diferença entre ambos foi de pouco mais de 16 mil votos.
Com informações de Ecuavisa e Associated Press.
Fonte: Opera Mundi