quarta-feira, abril 23, 2025

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Israel organiza passeio em território sírio ocupado, revela imprensa


O jornal britânico The Guardian, citando a mídia israelense, afirmou nesta sexta-feira (11/04) que as Forças de Defesa do país (IDF, na sigla em inglês) estão organizando excursões turísticas no território sírio recém-ocupado das Colinas de Golã.

Em detalhes, o periódico informa que os passeios para civis na fronteira entre Israel e a Síria, território ocupado após a queda do mandatário Bashar Al-Assad em dezembro passado, serão realizados durante o feriado da Páscoa, importante data para o calendário judaico.

“Os passeios duas vezes por dia nas disputadas Colinas de Golã durarão uma semana, a partir deste domingo. Os ingressos esgotaram quase imediatamente. Sob escolta militar em ônibus blindados, pequenos grupos viajarão até 2,5 km em território sírio”, afirmou o Guardian.





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O itinerário da excursão para civis israelenses pelo território que era proibido avançar até a queda de Assad inclui “o lado sírio do Monte Hermon, com vista para Damasco, e as Fazendas de Shebaa, no Líbano, ao pé da montanha”.

O jornal britânico explica o apelo religioso da visita: ali seria o local onde supostamente Deus teria feito uma aliança com Abraão, mas que nos tempos atuais é palco de embates entre Israel e o grupo de resistência libanês Hezbollah.

Primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, nas Colinas de Golã com suas tropas após a queda de Bashar Al Assad
Benjamin Netanyahu/X

“Os visitantes também poderão caminhar e nadar no vale do rio Ruqqad, que deságua no Yarmouk, na fronteira com a Jordânia, e ver partes da abandonada ferrovia otomana Hejaz, que costumava conectar a capital do império, Istambul, a Haifa, Nablus e locais sagrados na atual Arábia Saudita”, detalha, citando o jornal israelense Yedioth Ahronoth.

O Yedioth Ahronoth também informa que as viagens foram organizadas pela 210ª Divisão das IDF, pelo conselho regional de Golã, pelo centro de educação religiosa Keshet Yehonatan, pela escola ambientalista de campo de Golã e pela autoridade de parques e natureza de Israel. Ou seja, sem nenhum tipo de participação da Síria.

O turismo ocorre sob o lema “Retornando a um Norte Mais Seguro”, em referência ao cessar-fogo de Tel Aviv com Hezbollah, alcançado em novembro passado. “É importante para nós restaurar o patrimônio e o turismo na região e contar a história das batalhas travadas durante a guerra”, disseram os militares.

As IDF defenderam também que a excursão ocorre “dentro de Israel”, e não em território sírio, desconsiderando um reconhecimento internacional de que a Síria tem soberania sobre aquela região.

As Colinas de Golã foram pesadamente ocupadas pelas tropas das IDF após Assad fugir da Síria. Frente ao novo governo de transição do país vizinho, liderado por Ahmed al-Sharaa, o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, ordenou que as novas forças sírias ficassem longe da área até o fechamento de um novo acordo.

(*) Com informações de The Guardian



Fonte: Opera Mundi

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