A um dia do segundo turno das eleições presidenciais do Equador, o governo direitista de Daniel Noboa decretou neste sábado (12/04) um novo decreto de estado de exceção em sete províncias do país e na capital Quito.
De acordo com o decreto, a medida, que passou a valer neste sábado e irá durar por dois meses, inclui restrições aos direitos fundamentais e um aumento da presença militar e está sendo implementado sob o suposto objetivo de abordar o aumento da violência e do crime organizado nestes locais e que afeta o país num todo.
Este não é o primeiro decreto emitido pelo governo, já que o Equador vem emitindo tais medidas em sequências. E, por isso, para algumas análises foi lido como rotina. Porém, o anúncio surge em meio a um contexto eleitoral.
Neste domingo (13/04), Noboa enfrenta Luisa González, candidata do movimento Revolução Cidadã, em um segundo turno que determinará o futuro político do país até 2029. A correísta vem criticando as ações de seu oponente por usar ferramentas que distraem os eleitores e restringem as liberdades civis no país.
Isso por que, o decreto emitido mais cedo por Noboa suspende em dois meses o direito de inviolabilidade do domicílio, então policiais e militares poderão invadir residências se necessidade de autorização judicial.
Outro ponto é a restrição à liberdade de reunião e movimento em certas áreas. Segundo o governo, essa medida seria para evitar que grupos criminosos se organizem. Além disso, impôs toque de recolher, menos em Quito, a partir das 22h até às 5h (meia dia às 7h pelo horário de Brasília).
Isso tudo um dia antes dos equatorianos irem às urnas neste domingo para definir entre Noboa e González.
Fonte: Opera Mundi