quarta-feira, abril 23, 2025

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EUA concordam em seguir negociações sobre acordo nuclear


As conversas entre o Irã e os Estados Unidos neste sábado (12/04) em Omã foram “produtivas”, de acordo com o ministro das Relações Exteriores iraniano, Abbas Araqchi. Segundo ele, os dois países teriam concordado em dar continuidade às negociações na próxima semana. A Casa Branca considerou a reunião como um “passo à frente”.

“Acredito que estamos muito próximos de uma base de negociação. Se conseguirmos concluir essa etapa durante a semana, teremos avançado significativamente e estaremos prontos para iniciar discussões reais”, disse o ministro em entrevista à TV estatal iraniana.

Araqchi afirmou que a primeira fase das negociações ocorreu em uma “atmosfera produtiva, calma e positiva”. De acordo com ele, “as duas partes concordaram em continuar as discussões, provavelmente no próximo sábado (19/04). Os EUA querem um acordo de curto prazo. Nós não queremos discutir por discutir”, acrescentou.





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A reunião ocorreu de forma indireta e foi mediada por Omã, como propuseram os iranianos. As delegações estavam em salas separadas e transmitiram suas mensagens através do chanceler de Omã, segundo o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Esmail Baghaei.

Araqchi informou que sua delegação conversou brevemente com Steve Witkoff, enviado de Donald Trump para o Oriente Médio. “Após mais de duas horas e meia de discussões indiretas, os representantes do Irã e dos EUA falaram por alguns minutos na presença do Ministro das Relações Exteriores de Omã, antes de deixarem as discussões”, declarou Araqchi.

Desconfiança em Teerã

Teerã aborda as negociações com cautela e há ceticismo sobre a possibilidade de se chegar a um acordo. Donald Trump ameaçou várias vezes bombardear o Irã se o país não colocasse um fim em seu programa nuclear.

O progresso nas discussões pode reduzir a tensão na região, que tem enfrentado conflitos nos últimos dois anos entre Israel e aliados regionais do Irã, como o Hamas palestino, o Hezbollah libanês e os Houthis no Iêmen.

O fracasso, por outro lado, aumentaria os receios de um conflito maior. Israel e os Estados Unidos prometem impedir o Irã de adquirir armas nucleares, o que Teerã nega.

Mísseis iranianos estão fora das discussões

O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, que tem a última palavra em relação à questão nuclear, deu ao seu chefe de diplomacia “plenos poderes” para liderar as negociações, disse uma autoridade iraniana à Reuters. “A duração das discussões, que se concentrarão apenas no nuclear, dependerá da seriedade e da boa vontade do lado norte-americano”, afirmou.

O Irã descartou colocar seu programa de defesa, em particular o programa de mísseis balísticos, na mesa de negociações.

As últimas negociações diretas oficialmente conhecidas entre os dois países ocorreram quando Barack Obama era o presidente dos EUA. Ele supervisionou as negociações que levaram ao acordo de 2015 sobre o programa nuclear iraniano.

Esse pacto foi revogado por Donald Trump em 2018, durante seu mandato presidencial, com a restauração das sanções econômicas dos EUA contra o Irã. Teerã, então, se desvinculou do acordo, excedendo os limites de enriquecimento de urânio, mas negando a intenção de adquirir armas nucleares.



Fonte: Opera Mundi

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