Duas páginas na rede social Instagram vêm ganhando destaque pelo resgate visual e afetivo da história de Lages e de um dos seus maiores eventos: a Festa Nacional do Pinhão. Criadas pelo músico e produtor de áudio Álvaro Xavier, que mora em Lages há 40 anos, os perfis @memoriadafestadopinhao e @memorialages têm se tornado verdadeiros baús digitais, recheados de registros raros, curiosidades e lembranças de diferentes épocas.
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A ideia nasceu do acervo pessoal dele, que, desde 1998, guarda com cuidado programações impressas da Festa do Pinhão, fotos, recortes e outras relíquias ligadas ao evento. Ele começou a postar suas relíquias na internet em 2015.
— Depois de 17 anos guardando isso, eu abri uma gaveta e pensei: tudo isso aqui guardado numa gaveta não tem sentido nenhum. Vamos aproveitar a internet para compartilhar com as pessoas — conta.
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O perfil @memoriadafestadopinhao se dedica a resgatar momentos da festa lageana por meios de folders com a programação da festa antigamente, CD’s da Sapecada e fotos das realezas de todos os anos. Álvaro conta que o projeto ganhou força com a participação do público, que começou a enviar materiais de outras edições.
Veja imagens de algumas relíquias
— O acervo inicial foi de uma iniciativa minha de guardar o material e, posteriormente, de uma iniciativa de pessoas que gostam da ideia e querem colaborar — relata. Ele destaca que preservar é essencial: — A memória por si só é falha. O tempo passa, e se não estiver registrado, se perde.
O músico vê nas redes sociais uma forma mais democrática de disseminar esse conteúdo:
— É mais impactante saber que cinco mil pessoas viram o post em uma hora do que mostrar esse material para um grupo de amigos num churrasco.
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As memórias também ganharam uma versão digital
Já o perfil @memorialages se dedica à história da cidade como um todo. Fotos antigas do centro da cidade, registros de ruas que já mudaram completamente e imagens que despertam nostalgia em quem vive ou viveu ali.
Ao contrário do acervo da festa, esse projeto é construído com base em pesquisa: “É internet, redes sociais, sites de venda de cartões postais antigos, arquivos de jornais e também pesquisa no museu”, explica o produtor.
Apaixonado por fotografia, ele enxerga nas imagens uma ponte entre o passado e o presente. “É uma janela no tempo. É a única forma que a gente tem de acessar uma época que a gente não viveu, ou que a gente já viveu e não pode voltar”, diz.
O interesse pelas transformações da cidade foi essencial para a criação do perfil para contar a história da cidade por meio de fotos.
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— Me impressionava ver fotos antigas e reconhecer as ruas que eu andava, mas com prédios e elementos que hoje não existem mais.
Ele mesmo resume a importância desse resgate histórico:
— Se a gente sabe de fatos de épocas que a gente não viveu, seja em âmbito local, seja em âmbito mundial, só sabemos porque as pessoas se preocuparam em guardar, de alguma forma, esses registros. E eu tenho feito isso no âmbito local. Daqui a 50 anos alguém vai acessar essas informações e passá-las para frente. Eu acho isso muito legal.
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Fonte: NSC