Em meio ao tarifaço imposto pelo governo dos Estados Unidos de Donald Trump, o Brasil pretende enviar uma missão, na semana que vem, a três capitais europeias para conseguir ratificar o acordo de livre comércio entre Mercosul e União Europeia ainda em 2025. As informações foram reveladas pelo colunista Jamil Chade, do UOL, nesta quarta-feira (16/04).
O tratado comercial foi oficialmente anunciado em dezembro passado, depois de 25 anos de negociações. Entretanto, ele ainda ainda não está em vigor pois precisa ser aprovado pelos Parlamentos de todos os 27 países-membros da União Europeia.
De acordo com a coluna do UOL, a nova missão brasileira “tem como objetivo acelerar o processo, reforçando o compromisso do Brasil com a abertura comercial, a sustentabilidade e o fortalecimento de laços estratégicos”.
A reportagem ainda acrescentou que houve uma reunião virtual na semana passada, na qual o Ministério das Relações Exteriores em Brasília consultou a possibilidade de uma revisão dos EUA sobre a taxa de 10% imposto para todos os produtos brasileiros. Entretanto, “os interlocutores sentiram que a Casa Branca deve priorizar as negociações com Europa e Ásia” e que, desta forma, no Brasil “prevaleceu a posição daqueles que defendem uma diversificação de mercados”.
Presidente Lula e Ursula von der Leyen, chefe da Comissão Europeia
De acordo com fontes ouvidas pela coluna, Brasília espera que, em meio à guerra comercial de Trump, Bruxelas ceda e permita a ratificação do acordo Mercosul-UE na cúpula que ocorrerá no fim deste ano. Isso porque parlamentares de países como Alemanha, Áustria e França discordam do texto, contestado principalmente pelos agricultores que temem a concorrência dos produtos importados do bloco latino-americano.
“A avaliação é de que o momento é propício para buscar um avanço definitivo”, disse a reportagem.
De 23 a 30 de abril, a Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil) e o Itamaraty promovem encontros com representantes dos Setores de Promoção Comercial e Investimentos (Secoms), Setores de Ciência, Tecnologia e Inovação (Sectecs) e Adidos Agrícolas em três capitais europeias – Lisboa, Varsóvia e Bruxelas – com o intuito de avançar nas negociações do acordo.
Fonte: Opera Mundi
