A Greve Geral da Confederação Geral do Trabalho (CGT), principal central sindical da Argentina, acontece nestq quinta-feira (10/04) com apoio massivo dos trabalhadores.
A greve é parte de uma ação sindical de 36 horas lançada pela CGT, acompanhada pelas demais centrais sindicais à qual se somam organizações políticas, sociais e de direitos humanos.
Nesta quarta-feira, antecedendo a paralisação, houve uma grande manifestação em frente ao Congresso Nacional, em Buenos Aires.
A greve é um rechaço às políticas de austeridade do governo ultraliberal do presidente Javier Milei e em apoio aos aposentados, violentamente reprimidos no ato de 12 de março pelas forças policiais.
@emergentesmedio
Entre as principais demandas estão o rechaço ao acordo obtido por Milei com o Fundo Monetário Internacional (FMI), que significa um incremento de US$ 20 bilhões com o organismo de crédito – valor que será acrescentado à dívida que o país já mantém desde 2018.
Os trabalhadores argentinos também reivindicam acordos coletivos de trabalho livres e aprovados, aumento emergencial para aposentados e um projeto de atualização do bônus. A manifestação é, ainda, um repúdio à repressão dos protestos sociais no país e em defesa da indústria nacional.
Os argentinos clamam por um plano nacional de emprego, mais orçamento para a educação e a saúde e por mais equilíbrio e justiça social.
Mobilização pacífica
A mobilização na Cidade de Buenos Aires foi replicada em diferentes cidades do país.
Na Página 12, Matías Ferrari aponta que diferentemente de outras quartas-feiras, a mobilização que antecedeu a greve nacional nesta quarta-feira, transcorreu pacificamente.
“A polícia não saiu de trás da enorme cerca que cercava o Congresso. Os protagonistas foram os de sempre, desta vez acompanhados pelos sindicatos. Na praça, todos concordaram em destacar a persistência dos aposentados diante do gás lacrimogêneo e dos cassetetes e seu papel catalisador nas brigas de rua durante a era Milei”, destacou.
@gargantapodero
Liderada pela federação sindical, não haverá metrô, trens ou aviões hoje no país. A Associação de Pilotos de Linha Aérea (APLA) e a Associação de Pessoal Técnico Aeronáutico (APTA) confirmaram sua adesão ao protesto.
A greve geral desta quinta-feira é a terceira greve geral no país durante os 16 meses de governo de Milei.
Fonte: Opera Mundi