Trump anunciou tarifaço para mais de 180 países na última quarta-feira (2) (Foto: Carlos Barria, Reuters)
As ações da Ásia e da Europa voltaram a despencar nesta segunda-feira (7), em repercussão ao tarifaço anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para mais de 180 países, e à retaliação divulgada posteriormente pela China.
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O resultado representa o terceiro pregão consecutivo de quedas generalizadas e expressivas nas bolsas de valores pelo mundo inteiro. Na última semana, as bolsas de Wall Street, as principais do planeta, derreteram até 10%, com o mercado reagindo mal às medidas de Trump.
Nos mercados internacionais, há uma forte aversão aos riscos desencadeados pelas medidas anunciadas por Trump, com a expectativa de que as maiores economias do mundo possam desencadear uma guerra comercial e a possibilidade de um período de recessão.
Nesta segunda, o consultor econômico da Casa Branca, Kevin Hassett, afirmou que Trump está “dobrando as apostas em algo que ele sabe que funciona”. Hassett afirma que o presidente “ouvirá os seus parceiros comerciais se eles realmente oferecerem ótimos negócios” para os EUA e que é Trump quem decidirá se os acordos são “ótimos o suficiente”.
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Em sua rede social, Truth Social, Trump escreveu que os EUA têm a chance de fazer “algo que deveria ter sido feito décadas atrás”. “Não seja fraco! Não seja estúpido! Não seja um PANICANO (Um novo partido baseado em pessoas fracas e estúpidas!). Seja forte, corajoso e paciente, e GRANDEZA será o resultado!”, afirmou o presidente.
Bolsas em queda
Na Ásia, onde os mercados já fecharam, o dia foi de derretimento, com destaque para a bolsa de Hong Kong, que despencou 13,22%. Já o o CSI 1000, da China, caiu 11,39%.
Na Europa, o pregão ainda está em andamento, mas os principais índice acionários também mostram fortes quedas, de mais de 4%. O índice Euro Stoxx 50, que reúne as principais ações da Europa, caía 3,83%, por volta das 7h45.
Nas Américas, o dia do mercado financeiro ainda não começou. No entanto, os índices do mercado futuro dos EUA recuam.
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No Brasil, o dólar abriu em alta nesta segunda-feira (7). Por volta das 9h, o dólar era cotado a R$ 5,88.
Desempenho das principais bolsas da Europa (por volta das 7h45)
- DAX, da Alemanha, caía 3,99%
- CAC 40, da França, caía 3,90%
- FTSE 100, do Reino Unido, caía 3,60%
- Itália 40, da Itália, caía 4,22%
- IBEX 35, da Espanha, caía 3,92%
- AEX, da Holanda, caía 4,42%
- SMI, da Suíça, caía 3,93%
Desempenho das principais bolsas asiáticas (por volta das 7h45)
- Hang Seng, de Hong Kong, caiu 13,22%
- CSI 1000, da China, caiu 11,39%
- Nikkei 225, do Japão, caiu 7,68%
- Kospi, da Coreia do Sul, caiu 5,57%
- Nifty 50, da Índia, caiu 3,24%
Petróleo e moedas em queda
Os preços do petróleo também registram baixa nesta segunda. Tanto a cotação do barril de petróleo do tipo Brent, quanto do WTI recuam cerca de 3%, também por volta das 7h45min.
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A queda no preço do petróleo é consequência de uma expectativa por menor demanda por commodity nos próximos meses, se uma guerra comercial entre as maiores economias do mundo se concretizar.
O índice DXY, que mede o preço do dólar em relação a algumas das principais e mais seguras moedas do mundo, também voltou a operar em queda nesta segunda. Por volta das 7h45min, caía 0,15%.
Além disso, no Japão, o dólar caiu para 145,98 ienes japoneses, ante 146,94. A moeda japonesa é frequentemente vista como um porto seguro em tempos de turbulência.
O euro também está se valorizando, subindo para US$ 1,0967, ante US$ 1,0962 registrados no último pregão.
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Fonte: NSC
