A Polícia Federal indiciou Jair Bolsonaro e outras 34 pessoas por participação em um esquema de espionagem ilegal na Agência Brasileira de Inteligência (Abin), conhecido como “Abin Paralela”. A investigação aponta que a estrutura clandestina foi usada para monitorar autoridades, políticos e jornalistas, além de disseminar informações falsas para beneficiar Bolsonaro e seus aliados.
Entre os indiciados estão o deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ), ex-diretor da Abin, e o vereador Carlos Bolsonaro (Republicanos-RJ). Segundo o delegado Fabio Shor, a Abin era instrumentalizada para atacar instituições democráticas e assessorar Bolsonaro em estratégias contra o sistema eleitoral.
Autoridades como os ministros do STF Alexandre de Moraes, Dias Toffoli, Luiz Fux e Luiz Roberto Barroso, além de Arthur Lira (PP-AL), também foram alvos da vigilância ilegal.
A PF destaca a ligação direta entre a “Abin Paralela” e a tentativa de golpe de Estado em 2022. Arquivos recuperados do computador de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, detalham o plano “Punhal Verde e Amarelo“, que incluía reverter o resultado eleitoral e até assassinatos de autoridades, como Lula, Alckmin e Moraes.
