quarta-feira, abril 23, 2025

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Brasil deve parar de financiar genocídio, defende evento na Alesp


Uma sessão solene na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), promovida pelo Fórum Latino Palestino e pela deputada estadual Monica Seixas (PSOL), marcou o “Dia da Terra Palestina” nesta sexta-feira (04/04).

Em 30 de março de 1976, os palestinos na Galileia promoveram uma greve geral contra a expropriação de suas terras. Seis pessoas foram mortas durante os protestos. Deste então a data é comemorada como uma afirmação da resistência palestina que permanece, quase meio século depois, lutando contra os crimes contra a humanidade perpetrados por Israel.

Para falar sobre este contexto e marcar o Dia da Terra Palestina, a solenidade na Alesp reuniu, além da deputada Monica Seixas, do mandato coletivo Pretas (PSOL), a historiadora Arlene Clemesha (Letras USP, Cepal), o presidente do Fórum Latino-Palestino, Mohamad El Kadri, a coordenadora da Frente Paulista Palestina, Soraya Misleh, e a coordenadora do Núcleo Palestina Livre do PT, Teresinha Pinto.





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Remotamente, participaram os jornalistas Breno Altman (Opera Mundi) e Samir Oliveira (Fundação Lauro Campos e Marielle Franco/MES/PSOL); e através de um vídeo, membro do Conselho Legislativo Palestino, Mustafa Barghouti.

Juntos, eles apresentaram um incisivo panorama da resistência e da barbárie em curso; cobraram uma maior contundência do governo brasileiro e o engajamento da sociedade brasileira contra o genocídio em Gaza.

Tatiana Carlotti
Monica Seixas, do mandato coletivo Pretas (PSOL), historiadora Arlene Clemesha (Letras USP, Cepal), o presidente do Fórum Latino-Palestino, Mohamad El Kadri, e a coordenadora da Frente Paulista Palestina, Soraya Misleh, cantando hino palestino na Alesp

A escolha da Alesp como palco da solenidade não foi à toa. Como relatou a deputada estadual Monica Seixas, na abertura do debate, ela foi ameaçada de perder o mandato caso realizasse um ato pró-Palestina dentro da Casa Legislativa em outubro de 2023. A parlamentar teve que chamar a polícia da Assembleia para garantir a continuidade do debate.

“Nós estamos fazendo uma disputa no Brasil, em que a mídia hegemônica trata a situação de Gaza como apenas um conflito em pé de igualdade e religioso. Não estamos falando disso, mas de etnocídio de um grupo étnico vulnerável, originário daquele lugar”, apontou.

Seixas se disse envergonhada pelo fato de o Brasil financiar a morte em Gaza. “Financia quando abastece com o seu petróleo os tanques de Israel. Financia quando o estado de São Paulo compra tecnologia e armamento que matam os meus irmãos negros nas periferias aqui de São Paulo. Financia quando reproduz um discurso hegemônico que permite a desumanização”, detalhou.

Ela também registrou a luta do seu mandato para que o Brasil rompa as relações comerciais com Israel. É preciso dizer “não, em nosso nome”. “O Brasil não deve seguir financiando essas mortes”.

Destacando que Gaza é “a maior prisão a céu aberto da história” e que não é possível entrar ou sair da região, cuja comida e energia são controladas pelos países vizinhos, a deputada trouxe uma diferenciação importante de conceitos: “sionista é diferente de judeu”.

“Os sionistas são fundamentalistas, racistas e acreditam na superioridade de seu povo em detrimento de outros. Isso não é o povo judeu (…) eu não confundo no contexto do Brasil, os evangélicos com os fundamentalistas religiosos, exemplificou. “Há judeus que entendem a luta”.

“Brasil não pode financiar o genocídio”

Na sequência, o jornalista Samir Oliveira destacou a ascensão, no mundo inteiro, da luta da juventude em defesa da Palestina. “Nos EUA, o processo de conscientização e luta da juventude está muito forte. Estamos vendo manifestações nas universidades e acampamentos. Não é pouca coisa o que está acontecendo porque se trata da espinha dorsal do regime sionista”, afirmou.

“O imperialismo norte-americano atualmente, assim como foi o imperialismo britânico no passado, é quem mantém o regime sionista em pé”, destacou, ao pontuar “a repressão brutal, feroz e autoritária” sobre a juventude no país, com prisões políticas como a do palestino Mahmoud Khalil.

Ante a onda de protestos, Oliveira lembrou que o governo Trump tem enviado às universidades norte-americanas ameaças de cortes de financiamento, que giram em torno de US$ 40 bilhões a US$ 60 bilhões. “Hoje, o estudante no campus universitário que gritar ´Palestina Livre, do rio ao mar´ é tido como antissemita e escandaliza muito mais do que o gesto nazista do Ellon Musk feito em um comício do Trump”, observou.

Sobre o Brasil, ele citou a venda de petróleo “para abastecer os tanques de guerra e contribui com a infraestrutura energética do regime sionista”, lembrando que 9% do petróleo daquele país vem do Brasil. “Não é uma quantia muito elevada, mas é uma questão de princípios”, salientou, ao mencionar reações de outros governos, como a interrupção do envio de carvão pela Colômbia.

Oliveira também frisou que “antissionismo não é antissemitismo. Sionismo não é um povo, é uma ideologia” e que “temos todo direito de combater e lutar contra essa ideologia”. A questão palestina, apontou, diz respeito não só aos palestinos, mas a todos, na medida em que o “sionismo é uma ameaça humanitária pelo que faz em Gaza e representa, ideológica e politicamente, como um regime supremacista, racista, sustentado pelo imperialismo norte-americano cuja lógica é a Terra Prometida por Deus”, o que inclui “os territórios da Jordânia, da Síria, do Líbano, do Egito”.

“A condição palestina é representada pelo refugiado”

“O Dia da Terra Palestina simboliza a resistência e a relação do palestino com a sua terra. Uma relação forte de identidade ligada ao vilarejo, ao local de origem e, que mesmo na diáspora, expulso dessa terra e disperso pelo mundo, ele não abandona”, explicou a historiadora Arlene Clemesha, do Centro de Estudos da Palestina (Cepal).

O Dia da Terra, destacou, “é muito mais simbólico” para os palestinos do que o Dia de Solidariedade ao Povo Palestino, em 29 de novembro, instituído pelas Nações Unidas em 1974, como uma forma de reconhecimento de que a comunidade internacional (e a própria ONU) ainda eram responsáveis pelos palestinos não terem um estado independente.

“A condição palestina é representada pelo refugiado”, apontou a historiadora, estejam os palestinos fora ou dentro da Palestina desde 1948, quando foram expulsas aproximadamente 750 mil pessoas de suas terras. Os 80 mil palestinos que ficaram, destacou Clemesha, receberam a dominação de ´presentes-ausentes´ pelo Estado de Israel.

“A linha da extrema direita que comanda o país diz, claramente, que o problema foi ter deixado alguns aqui dentro e hoje são dois milhões, ou quase 20% da população de Israel”, apontou ao criticar o projeto de estado étnico de Israel. “Uma democracia étnica significa o apartheid e a exclusão de uma parcela inteira da população de seus plenos direitos”, afirmou.

“A diáspora palestina é uma coletividade exilada, uma identidade que se preserva no ´sumut´, em existir, em não deixar ser apagado, e este Dia faz parte disso”, destacou, ao salientar que o Brasil, pela lei internacional tem obrigações de não prestar assistência a um país promotor de genocídios. “Em 2004, a Corte Internacional de Justiça já tinha chegado à conclusão de que o muro israelense, que não separa territórios, mas segrega populações, era ilegal e que nenhum país do mundo poderia dar assistência ao regime que mantivesse aquele muro em pé”.

“Hoje a situação é mais grave ainda”, pontuou, ao fazer um apelo para que a sociedade brasileira olhe para o drama dos palestinos que, desde 1948, resistem em seu território. “É uma questão de direitos humanos”.

“Questão palestina define a geração atual”

Na sequência, o jornalista Breno Altman apontou que a questão palestina é hoje a grande questão moral e geopolítica do mundo. “Ao longo da história pudemos identificar esse tipo de marcador, afirmou, ao elencar como exemplos a luta em solidariedade aos republicanos espanhóis frente ao golpe das forças franquistas em 1936, a luta antinazista, a solidariedade ao povo vietnamita, à revolução cubana e à guerra de libertação da Argélia.

“São eles marcadores de uma época, que definem a vida política e cultural de uma geração. A questão palestina define as gerações atuais. A posição que as pessoas, os partidos, os governos adotam em relação à questão Partido define de que lado da história esses atores estão”, destacou.

“Devemos levar isso em conta no nosso cotidiano e avaliar se partidos, governos e sindicatos estão suficientemente estão empenhados na solidariedade ao povo palestino”, complementou.

“O verdadeiro combate entre Davi e Golias. Davi não é o herói da mitologia judaica neste momento, Davi é o povo palestino. O gigantesco Golias não é Fenício, é um regime sionista armado até os dentes pelo imperialismo norte-americano”, pontou.

Altman lembrou que o objetivo de [Benjamin] Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, mudou. “Antes, ele dizia que seu objetivo era expulsar o Hamas da Faixa de Gaza”, agora se associa “ao plano estabelecido por Donald Trump, de expulsar todos os palestinos da Faixa de Gaza e construir naquele local um empreendimento imobiliário controlado pelos Estados Unidos”.

“É uma declaração de limpeza étnica como nós não assistimos na história desde a solução final” dos nazistas, afirmou. Frente a isso, ressalta, é essencial denunciar moralmente o Estado de Israel pelos seus crimes.

Altman também destacou o aspecto geopolítico da questão palestina. “Por suas imensas reservas petroleiras, mais de 60% das reservas do mundo” e pelo espaço geográfico que ocupa entre o Ocidente e o Oriente, o Oriente Médio “tem uma função geopolítica decisiva na confrontação entre o sistema imperialista enfraquecido e as amplas força anti-imperialistas que vão se articulando no mundo”.

“É preciso esmagar o povo palestino porque ele não pode servir de exemplo para outros povos”, frisou, ao salientar o aspecto simbólico do confronto. Ele também destacou que até o 7 de outubro, a questão palestina estava deixando de existir, tornando-se um tema protocolar na Assembleia das Nações Unidas.

A rebelião recolocou a questão no centro do debate mundial e mudou a correlação de forças. “Jamais o regime sionista esteve tão isolado e foi tão ampla a solidariedade palestina como hoje”, afirmou, ao registrar que uma fração importante dos judeus da diáspora se tornaram antissionistas em resposta ao genocídio perpetrado por Israel.

“Palestina é uma terra de heróis e de heroínas”

Soraya Misleh, coordenadora da Frente em Defesa do Povo Palestino, trouxe uma contundente fala contra os responsáveis pela propaganda de guerra contra o povo palestino. “É uma vergonha o que vemos na grande mídia, nas mãos de cinco ou seis famílias de grandes capitalistas, que utilizam as notícias de nove ou dez agências internacionais e trazem a informação do imperialismo e do sionismo”.

Salientando que eles chamam de “forças de segurança ou de defesa” ao se referirem a Israel; e “terroristas” no caso dos palestinos, Misleh afirmou ser preciso levantar “bem alto” o direito à resistência do povo palestino. “O povo palestino tem o direito de existir. Nós temos que rebater de todas as formas a propaganda de guerra. Esse pessoal, inclusive essa grande mídia tem as mãos manchadas do sangue palestino”.

“A Palestina é uma terra de heróis e de heroínas”, salientou, ao apontar que o genocídio não parou nos últimos 18 meses, apesar das mentiras de Israel. Lembrou que além de não ter parado em Gaza, o genocídio avançou com experimentos na Cisjordânia.

“Israel avançou com três campos de refugiados, mais de 40 mil novos deslocados internamente. E a violência na Cisjordânia não para. A violência étnica é aprofundada com mais de mil palestinos assassinados. Um palestino é assassinado na Cisjordânia a cada duas horas, uma criança, a cada oito minutos”, afirmou.

“Todos os dias vemos o holocausto transmitido ao vivo. O nosso ódio e a nossa tristeza não cabem no peito. Não foi por falta de aviso. Há décadas estamos falando sobre a contínua Nakba, a catástrofe palestina cuja pedra fundamental, em 78% do território histórico da Palestina é a formação do estado genocida, criminoso, de Israel, em 1948”.

Na época, ela destaca, 800 mil palestinos foram expulsos e cerca de 530 aldeias foram destruídas. “Israel se cria sobre os corpos e escombros dessas aldeias em um plano de limpeza étnica”, aponta.

“Quando eu vejo Israel falando ´entreguem suas armas e saiam´, eu só não dou não dou risada porque todos os dias, a gente chora. Se está desse jeito, sem entregar as armas, que é um porto para resistir, um direito resistir, imaginem entregar as armas e sair. Para ser preso, torturado e morto nos cárceres”, apontou.

Misleh lembrou que “os palestinos estão gritando há 77 anos”. “As vozes palestinas não foram ouvidas e continuam não sendo ouvidas”, destacou, pontuando que apesar do apoio crescer hoje no mundo, na América Latina é preciso avançar muito mais. “Tem uma linha de cumplicidade no Brasil que precisa parar”, frisou, ao citar as armas israelenses que hoje se encontram nas mãos das polícias brasileiras.

Lula, o primeiro a chamar de genocídio

À frente do Núcleo Palestina do PT, Terezinha Pinto destacou as ações e declarações do governo Lula em relação à causa palestina. “Lula foi o primeiro mandatário do planeta a classificar o que acontece em Gaza como genocídio”, pontuou.

Ela destacou que o Brasil foi o primeiro país, junto à África do Sul, a culpabilizar Netanyahu pelo massacre dos palestinos. Ela lembrou que foram suspensas todas as compras de equipamentos militares de Israel.

O Núcleo Palestina do PT, contou, tem feito um esforço de ajudar o governo brasileiro a romper as relações diplomáticas e comerciais, mas não é fácil. “Este país tem hoje um Congresso de extrema-direita que faz parte do lobby sionista, que persegue qualquer deputado, militante ou ativista pró-Palestina. Eles não descansam, as deputadas da frente palestina que está surgindo no Congresso já foram ameaçadas”, detalhou.

Ela lembrou que o rompimento das relações com Israel precisa passar pelo Congresso Nacional e que, ainda que fossem rompidas, “as relações comerciais continuariam porque as empresas podem continuar, elas têm essa independência”.

Por outro lado, ressaltou, ainda não existe no Brasil um clamor popular como vemos em outros países do mundo. “Não conseguimos até hoje fazer uma passeata com mais de 10 mil pessoas”, lamentou, citando a primeira feira palestina, que acontece neste sábado (05/04), em São Paulo, das 10 às 17h, no espaço Lelia Abramo, como um desses esforços.

“É preciso sair da nossa bolha para aumentar o nível de consciência da população sobre a questão palestina”, afirmou.

“Hamas ainda está firme e forte”

Na sequência, o líder da Frente Latino Palestina, Mahamad el Kadri, destacou que Israel adotou uma estratégia em que tudo o que acontece em Gaza é porque o Hamas não aceitou negociações. “Isso e uma mentira”, afirmou.

Ele denunciou, que em pleno século XXI, “nesse mundo que se diz civilizado – os ocidentais, a Europa, os Estados Unidos financiam o já Holocausto na Palestina e querem impor a democracia deles”.

“Olhem a democracia deles. É esse e banho de sangue e de repressão contra a população de vários países do mundo. Trabalhadores e trabalhadoras, mulheres crianças. Olha o que estamos vendo em Gaza. Nós nunca vimos isso na história, nem no nazismo”.

Segundo El Kadri, “a maior frustração dos sionistas é que depois de todo esse tempo, o Hamas ainda está firme e forte em Gaza e na Palestina”. Citando os bombardeios recentes na Síria e no Líbano, ele destacou que Netanyahu e Trump “querem levar o mundo a uma guerra mundial”.

Em sua avaliação, “o mundo vai pagar um alto preço pela aceitação do que está acontecendo em Gaza, porque, hoje, qualquer país militarmente superior pode ir para outro país e fazer o que quiser. O que está acontecendo na Palestina é uma permissão mundial para isso”.

Citando o apoio a Israel, não só dos EUA, mas de todos os países da Europa – “é uma vergonha a Alemanha fornecer armas para o estado sionista de Israel” –, mencionando também a ascensão da extrema direita em todo o globo.

“O curioso é que todos esses grupos de extrema direita tem o apoio de Israel (…) Em todas as tentativas de mudanças e golpes na América Latina, os opositores da direita sempre estão com a bandeira de Israel”, lembrou.

El Kadri também reiterou o papel crucial da pressão social em nosso país. “Vamos fazer mais uma, três, quatro manifestações até as pessoas entenderem o que está acontecendo (…) Temos que fazer panfletagem e levar a história resumida da Palestina para as pessoas do nosso cotidiano”.

As pessoas precisam entender, complementou, que “a causa do povo palestino é a luta pela justiça, liberdade,  moradia, terra, e direito do trabalhador e da trabalhadora de ir e vir. Isso é o que simboliza a luta e a causa palestina”.

“Estamos enfrentando uma limpeza étnica”

No encerramento dos debates, foi transmitido um vídeo do membro do Conselho Legislativo Palestino, Mustafa Barghouti, que trouxe dados alarmantes sobre a situação em Gaza.

Ele destacou que o povo palestino está sendo alvo de três crimes de guerra simultaneamente, especialmente na Faixa de Gaza: o crime de genocídio, de fome forçada e a punição coletiva submetido a um povo inteiro. “Gaza está submetida a um cerco total há 35 dias sem que seja permitida a entrada de um único pedaço de pão, um copo de água, qualquer fonte de energia, ou medicamento para pacientes que precisam de tratamento”, afirmou.

“Estamos enfrentando uma limpeza étnica na qual fica evidente que o objetivo da retomada das operações é criar um gigantesco campo de detenção para os dois milhões que ali vivem, preparando a sua expulsão da Faixa de Gaza”, salientou.

Em relação à Cisjordânia, ele contou que a região enfrenta ataques incessantes pelo exército de ocupação “que destruiu os campos de refugiados de Jenin, Tuklaren e Nour Shams”.

Tatiana Carlotti
Membro do Conselho Legislativo Palestino, Mustafa Barghouti trouxe dados alarmantes sobre a situação em Gaza

“Toda a Cisjordânia está sendo invadida de forma perigosa por colonos armados que atacam cidade após cidade, vila após vila, matando as pessoas, incendiando as casas, queimando veículos e atacando as fazendas. Eles não deixam nada sem atacar”, destacou.

Segundo Barghouti, 15 mil palestinos foram presos e estão sendo submetidos brutais torturas nas prisões. “O que enfrentamos é uma grande conspiração de limpeza étnica”, destacou, ao citar o apoio crucial dos Estados Unidos neste processo.

“Mais de 90 mil toneladas de explosivos norte-americanos foram lançadas sobre Gaza, o equivalente a 40 quilos de explosivos para cada homem, criança e mulher. 17 mil crianças palestinas foram assassinadas pelo exército de ocupação israelense”, apontou.

O número de mortos atinge 51 mil pessoas e existem 115 mil feridos na Cisjordânia e na Faixa de Gaza sem possibilidade de tratamento médico, destacou o parlamentar, ao pedir o apoio e a solidariedade de todos.

Confira a sessão solene na íntegra



Fonte: Opera Mundi

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