Depois de Luiz Eduardo Scloneski, de 21 anos, morrer decapitado por uma linha de pipa com cerol na BR-470, em Navegantes, e uma mulher ter 70% do corpo queimado em um acidente envolvendo o material em Itajaí, uma verdadeira força-tarefa se formou na região em busca da venda ilegal do produto. Nesta quinta-feira (10), uma ação da Polícia Civil em estabelecimentos de Itajaí terminou com um comerciante preso em flagrante. No mês passado a prefeitura também foi às ruas fazer uma fiscalização em lojas.
Continua depois da publicidade
Receber as notícias do NSC Total pelo Canal do WhatsApp
Durante a quinta, sete locais foram fiscalizados pelos policiais, que tiveram também o apoio de guardas municipais. Batizada de Tânatos, a operação tinha como objetivo combater o comércio de cerol e de linhas chilenas (cortantes).
Em uma das lojas a Justiça havia autorizado o cumprimento de um mandado de busca e apreensão. Assim, a polícia encontrou diversos componentes do cerol, como pacotes com vidro moído e tubos de cola, além de rolos com linha chinesa.
Veja fotos
Continua depois da publicidade
O responsável pelo material foi preso em flagrante por crime contra as relações de consumo e levado ao presídio de Itajaí. Conforme a Polícia Civil, as fiscalizações serão feitas com frequência, já que “acidentes envolvendo o referido produto é recorrente, causando lesões e óbitos nos usuários, assim como em pedestres, ciclistas e motociclistas”.
A venda e utilização do cerol são proibidas. Em março, duas crianças de oito anos e um adolescente foram gravados por câmeras de segurança empinando pipas às margens da BR-470, perto de onde ocorreu a tragédia com Luiz. Também no mês passado um menino de oito anos ia entrar em casa quando uma pipa com cerol rompeu o cabo de energia elétrica. O fio caiu no chão e atingiu Fernando de Barros, que teve queimaduras em 70% do corpo.
Leia mais
Fiscalização em Itajaí apreende material para produzir cerol e multa pode chegar a R$ 12 mil
Fonte: NSC