quarta-feira, abril 23, 2025

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Caso Ana Beatriz: mãe estava psicologicamente abalada , diz polícia


O caso do desaparecimento da recém-nascida Ana Beatriz, de apenas 15 dias, em Novo Lino, Alagoas, teve um desfecho trágico com a confirmação de sua morte e a confissão da mãe como autora do crime. Segundo a polícia, a mulher estava psicologicamente abalada e afirmou que a bebê apresentava choros ininterruptos por dois dias devido a cólicas.

Mãe de recém-nascida mudou versões sobre sequestro em Alagoas; entenda

A história, marcada por inconsistências e uma intensa mobilização policial, levantou questões sobre a influência do puerpério na saúde mental da mãe.

“É um momento delicado. A gente sabe que pode acontecer diversas situações em um período pós-parto, existe questão de puerpério, existe a questão psicológica, tudo pode ter acontecido”, afirmou o delegado Igor Diego em entrevista coletiva concedida na última segunda-feira (14).

Inicialmente, na sexta-feira (11), a mãe alegou que Ana Beatriz foi arrancada de seus braços por quatro pessoas que estavam em um Corsa Classic preto, enquanto ela esperava o transporte escolar de seu filho às margens da BR-101.

Veja dinâmica das investigações

Entenda dinâmica das investigações do Caso Beatriz • Beto Souza – CNN

Uma força-tarefa envolvendo a Polícia Civil, Polícia Militar e Polícia Rodoviária Federal foi montada para intensificar as buscas na região. No entanto, as investigações logo apontaram para inconsistências na versão inicial da mãe. Testemunhas contradisseram o relato de que ela estaria na beira da BR-101 com a criança. A polícia também não encontrou evidências de um sequestro da forma como foi descrito.

A reviravolta no caso ocorreu na terça-feira (15), com a descoberta do corpo da bebê Ana Beatriz na própria casa da família, dentro de um armário próximo a produtos de limpeza. Na mesma tarde, em coletiva de imprensa, a Polícia Civil de Alagoas revelou que a mãe confessou ter matado a filha, asfixiada com um travesseiro.

De acordo com a polícia, a mulher apresentou duas versões para a morte da filha. Na primeira, alegou que a bebê teria se engasgado durante a amamentação. Em seguida, disse que a criança estava doente e, após um longo período de choro intenso, teria sido asfixiada com um travesseiro em um momento de exaustão emocional e irritação provocada por barulho externo.

O que é o puérperio

De acordo com o manual “Pré-Natal e Puerpério: Atenção Qualificada e Humanizada” do Ministério da Saúde, o puerpério é um período de maior vulnerabilidade psíquica.

O manual aponta que essa fase, que dura até 42 dias após o parto, é marcada por lutos vividos na transição para a maternidade e grandes transformações psíquicas. Além disso, podem surgir dificuldades relacionadas à amamentação e alterações na dinâmica familiar. O manual do Ministério da Saúde enfatiza a importância do acolhimento da mulher no puerpério, ouvindo suas queixas e oferecendo suporte.

Durante a coletiva de segunda-feira (14), a polícia informou que a bebê Ana Beatriz apresentou choros ininterruptos por dois dias antes de desaparecer, em virtude de uma cólica, típica de recém-nascidos.

A mãe foi presa em flagrante após confessar o crime, e a perícia da Polícia Científica deve estabelecer a tipificação do crime. A investigação agora se concentre em esclarecer os detalhes e as motivações do crime.



Fonte: CNN Brasil

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