A China estaria decidida a promover uma reunião extraordinária do BRICS para tratar do tema da guerra comercial iniciada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, mas tem encontrado um obstáculo para isso em uma atitude de resistência por parte do Brasil.
Isso acontece porque Brasília está exercendo a presidência rotativa do bloco durante o ano de 2025. Portanto, qualquer iniciativa fora do cronograma precisa passar por uma decisão do governo sul-americano.
Segundo reportagem do jornalista Ricardo Abreu, publicada nesta terça-feira (1/04) no portal G1, o governo brasileiro já está preparando um evento entre representantes comerciais de países do BRICS, que acontecerá na capital brasileira, no dia 21 de maio.
Porém, Pequim defende a realização de um outro encontro, antes desse já agendado para maio, proposta que estaria sendo negada por parte do governo brasileiro.
Alckmin e Itamaraty
A reportagem afirma que a China teria manifestado suas intenções em uma videoconferência realizada na última sexta-feira (11/04), na qual participaram o vice-presidente brasileiro Geraldo Alckmin e o ministro do Comércio da China, Wang Wentao.
Ricardo Stuckert / Presidência da República
Ademais, o governo chinês teria insistido na proposta em conversações promovidas por suas respectivas chancelarias.
A matéria cita uma fonte anônima da diplomacia brasileira, que teria justificado a postura do Planalto com o argumento de “não querer criar uma saia justa a mais, desnecessária, com os Estados Unidos”.
Essa mesma fonte teria dito que os chineses estariam tentando convencer outros membros do bloco sobre a necessidade de realizar uma reunião sobre a guerra comercial antes de 21 de maio.
Vale lembrar que o Brasil será sede da próxima cúpula de chefes de Estado do BRICS, que acontecerá este ano no Rio de Janeiro, entre os dias 6 e 7 de julho.
Fonte: Opera Mundi
