quinta-feira, abril 24, 2025

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Cobra mais venenosa do Brasil dá “olé” em biólogo para fugir em casa de Jaraguá do Sul


Uma cobra coral, a mais venenosa do Brasil, foi encontrada no quintal de uma casa em Jaraguá do Sul. Moradores da residência chamaram o biólogo da Fundação Jaraguaense de Meio Ambiente (Fujama) para fazer o resgate. Porém, durante a tentativa de capturar o animal, a serpente deu um “olé” no profissional.

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O biólogo responsável pelo resgate foi Gilberto Ademar Duwe, que filmou a captura da serpente. Ao chegar no local, ele encontra a coral escondida embaixo de um saco de lixo. Em seguida tenta pegá-la com um gancho. Rápido, o animal dá um “olé” e escapa do biólogo. Depois de algumas tentativas, a cobra é finalmente resgatada.

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— Uma grande coral verdadeira, uma serpente peçonhenta. Vou tentar pegar ela com o gancho, mas vejam só como ela é rápida. É um animal muito difícil de pegar com esse instrumento, mas é preciso ter calma e jeitinho — brinca o biólogo Gilberto Ademar Duwe, que filmou o resgate.

Ainda que com o gancho a captura seja mais difícil, Gilberto explica que prefere usar este instrumento porque o pinção, que como o nome sugere pinça o animal, pode machucar serpentes que são mais finas, como a coral. Depois de recolher o animal, o biólogo coloca a serpente em uma caixa de transporte e faz a soltura em um local seguro de mata.

Veja o vídeo do resgate da cobra venenosa

Cobra-coral verdadeira, a mais venenosa do Brasil

A coral-verdadeira (Micrurus) é conhecida principalmente pelo padrão de cores com listras que intercalam preto, vermelho e branco. Conforme o Instituto Butantan, algumas espécies da região amazônica podem apresentar também listras amareladas. O objetivo da coloração da serpente é sinalizar aos predadores que ela é perigosa.

De acordo com o órgão, na natureza, esse tipo de recurso se chama coloração de advertência ou aposematismo. Outro detalhe que chama atenção são seus hábitos alimentares. As corais se alimentam de presas alongadas, como lagartos sem patas, cecílias e outras cobras.

A espécie é considerada uma das serpentes mais peçonhentas do território brasileiro com um veneno de alta toxicidade que afeta diretamente o sistema nervoso. “Se uma pessoa é picada, os primeiros sintomas são dormência no local, visão turva e dificuldade na fala. Porém, aos poucos, a peçonha começa a afetar o restante do sistema nervoso, provocando paralisia de músculos importantes, como coração e diafragma – esse último, por exemplo, é um órgão importante que auxilia na respiração”, explica o Butantan em nota.

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No Brasil, os ataques de cobras venenosas têm maior incidência e são consideradas as mais perigosas na seguinte ordem: Jararacas, Cascavéis, Surucucus-pico-de-jaca e, por fim, Corais-Verdadeiras. Porém, a potência do veneno dessas cobras pode ser ranqueada em:

  1. Corais-Verdadeiras: o veneno age no sistema nervoso, paralisando músculos como coração e diafragma;
  2. Surucucus-pico-de-jaca: o veneno age no sistema nervoso, na corrente sanguínea, com necrose local e até óbito;
  3. Jararacas: o veneno pode causar necrose no local da picada;
  4. Cascavéis: o veneno age no sistema nervoso e pode destruir as fibras musculares do local da picada.

Apesar de representar perigo, a coral-verdadeira não é considerada agressiva, sendo, na verdade, muito tímida. É um animal tranquilo, que em raras ocasiões ataca, além de viver geralmente escondida entre a vegetação rasteira, buracos no chão e debaixo de pedras.

Outra curiosidade bem conhecida é que a coral-verdadeira tem diversas sósias, as corais-falsas, aponta o instituto. Essas não são perigosas, mas mimetizam as características físicas das corais-verdadeiras para afastar possíveis predadores. As espécies são de famílias diferentes. 

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O Instituto Butantan alerta que, caso encontre uma possível coral, não se deve tentar diferencia-lá. O recomendado é se afastar dela e, se estiver em ambiente urbano, avise as autoridades responsáveis. Caso seja picado por uma coral-verdadeira, busque atendimento médico imediatamente.

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Fonte: NSC

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