quarta-feira, abril 23, 2025

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Comércio exterior responde por 30% da movimentação econômica de SC, diz secretário


Secretário de Estado da Fazenda, Cleverson Siewert, em palestra do Meeting Comex, que reuniu 2,7 mil empresários e executivos em Joinville (Foto: André Kopsch, Divulgação)

Uma das principais razões do dinamismo da economia de Santa Catarina é o crescente comércio exterior. Em palestra no Meeting Comex, um dos maiores eventos de comércio exterior do Brasil, realizado terça e quarta-feira desta semana pela Associação Empresarial de Joinville (Acij), na Expoville, o secretário de Estado da Fazenda, Cleverson Siewert, destacou que o comércio internacional responde por 30% da movimentação econômica do Estado. Ele também colocou o desafio de que a economia de SC tem de identificar novas matrizes econômicas para seguir crescendo de forma mais acelerada.

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– O comércio internacional, em Santa Catarina, praticamente não existia 25 anos atrás. Hoje, representa 30% da movimentação econômica do estado. Nós somos o segundo maior importador e o décimo maior exportador. Cada contêiner coloca R$ 10 mil em valor agregado na economia, portanto é uma cadeia super representativa. Além disso, é responsável por trazer insumos para indústrias, por exportar os nossos produtos. Então, é a porta de comunicação com o mundo – ressaltou o secretário Cleverson Siewert.

Nesse contexto, ele afirmou que Santa Catarina é um estado pequeno, com 1% do território, mas que precisa estar de olho em novas matrizes econômicas. É preciso olhar o que o mundo demanda e procurar fazer.

– Porque nós temos tecnologia, inovação, gente qualificada e infraestrutura adequada. Então, acho que essa é a mudança que a gente precisa e, naturalmente, o comércio internacional faz parte de todo esse contexto – explicou ele.  

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Essa movimentação econômica do comércio exterior não tem uma participação equivalente na arrecadação tributária do estado, mas como impacta em diversas atividades, aquece a atividade econômica e tem relevância na arrecadação de impostos de um modo geral.

Olhando para o futuro, Cleverson Siewert citou como exemplo o projeto de abertura do canal da Baía da Babitonga, investimento que está sendo encaminhado. O projeto inédito de parceria do governo do estado com a iniciativa privada foi assinado há poucos dias pelo governador Jorginho Mello e empreendedores.  

– A infraestrutura é algo super relevante. Essa obra vai diminuir em dois metros o calado do Porto Itapoá e aumentar a largura. Isso significa que os navios de 366 metros vão poder vir para Santa Catarina. Hoje, eles só chegam livres em Santos. Bom, isso são 2 mil contêineres a mais por navio, são 60 navios por mês, são 120 mil contêineres a 10 mil reais de valor agregado por contêiner, é R$ 1,2 bilhão por mês, R$ 15 bilhões por ano de movimentação a mais na economia daquela região. Então, essa obra de infraestrutura muda a matriz econômica da região. É disso que a gente tem falado muito com o governador Jorginho Mello para que ele seja um expoente desse processo. Falamos da Via Mar, do túnel subaquático entre Itajaí e Navegantes e outras grandes obras – observa Cleverson Siewert.  

Tarifas de Trump e oportunidades

Para o secretário da Fazenda de Santa Catarina, ainda existem muitas incertezas sobre o tarifaço de importações do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Mas como o Brasil está entre os menos taxados, isso pode favorecer mais negócios.

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– Isso abre oportunidades de exportações e de importações, de atualização do comércio cada vez melhor. Obviamente que a gente tem que esperar os próximos movimentos porque isso tudo é muito recente e muito volátil. O grande problema de tudo isso é a volatilidade. Quando você sabe o que tem, seja um ou dez, trabalha com aquela lógica. O problema é quando você tem volatilidade em termos de câmbio e de produção – alertou Cleverson Siewert, que já presidiu empresa de comércio internacional.  

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Fonte: NSC

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