quarta-feira, abril 23, 2025

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Cortes de Trump ameaçam famílias com HIV na África do Sul


A decisão do governo dos Estados Unidos de cortar investimentos em projetos sociais de outros países tem afetado o Programa de Emergência para o Enfrentamento da AIDS (PEPFAR, por sua sigla em inglês), que ajuda pessoas com HIV na África do Sul.

A PEPFAR existe desde 2003 e que tem como objetivo ajudar o país africano que lida, desde os Anos 90, com a mais disseminada epidemia da doença, segundo a Agência das Nações Unidas para o Combate à AIDS (UNAIDS).

Uma reportagem do jornalista Qaanitah Hunter, publicada nesta sexta-feira (11/04) pelo site Al Jazeera, mostra que, somente no ano passado, a África do Sul recebeu cerca de US$ 440 milhões em financiamento referente ao programa. Esse valor representa 22% do orçamento de US$ 2,56 bilhões do país para o enfrentamento da epidemia de HIV.





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No entanto, o governo Trump suspendeu o financiamento do PEPFAR, o que afeta diretamente as políticas de apoio médico e social às cerca de 7,8 milhões de pessoas soropositivas no país (incluindo 270 mil crianças), também segundo a Agência das Nações Unidas para o Combate à AIDS (UNAIDS).

A medida tem prejudicado as atividades do programa para o atendimento médico e o auxílio social a pessoas soropositivas, tanto adultos quanto crianças.

Entidades que apoiam pessoas soropositivas na África do Sul temem falta de financiamento com cortes do governo Trump
Crystal Fountain

Além disso, também a verba destinada ao PEPFAR também era investida em pesquisas científicas sobre vacinas para impedir a transmissão do vírus, e também de tratamentos para pessoas soropositivas. Portanto, o corte desse orçamento significa uma diminuição dos recursos para essas investigações.

Caso real

A reportagem da Al Jazeera traz relatos de vários casos de pessoas que tiveram suas vidas afetadas pelo corte de verbas do PEPFAR durante o governo Trump.

Um desses casos é o de Mary e Lita (nomes fictícios), mãe e filha que são soropositivas. Mary é uma mãe solteira e desempregada, enquanto Lita é uma estudante de 12 anos que nasceu com HIV.

Ambas sobreviviam graças ao apoio financeiro e aos medicamentos que recebiam da organização comunitária Crystal Fountain, que atua em Soweto, cidade contígua a Johanesburgo e que também oferece apoio psicossocial para crianças com HIV – Lita pratica esportes em uma das sedes da entidade.

“Eles me ajudaram a contar à minha filha que ela tem HIV e nos fizeram sentir muito apoiados (…) mas agora não sabemos qual será o futuro desse trabalho, se ele vai poder continuar”, explica Mary à reportagem.

 

Com informações de Al Jazeera.



Fonte: Opera Mundi

trezzenews