O movimento Revolução Cidadã (RC), da candidata Luisa Gonzáles à presidência do Equador, publicou, nesta segunda-feira (14/04), uma nota oficial na plataforma X, denunciando ´graves irregularidades´ que alteraram os resultados oficiais.
González obteve 44,35% dos votos contra 55,65% do atual presidente Daniel Noboa. “Exigimos que a imprensa livre, as embaixadas e a comunidade internacional ajam com urgência contra esta grave violação da democracia equatoriana “, diz o texto.
A RC listou uma série de irregularidades que evidenciam as fraudes nas eleições do Equador, entre elas:
Redução seletiva de votos: milhares de votos a favor de González foram supostamente perdidos injustificadamente durante a contagem, enquanto Noboa registrou aumentos estatisticamente impossíveis.
Manipulação de registros: afirmam que “dezenas” de registros oficiais, sem assinaturas ou validade, certificaram exclusivamente resultados favoráveis a Noboa.
Restrições ilegais: proibição do uso de celulares em seções eleitorais sob ameaça de multas de até US$ 30.000 e impedimento à documentação visual do processo.
Interrupções técnicas: apagões inesperados e falhas de transmissão eletrônica em locais importantes podem ter causado alterações na contagem.
Intimidação militar: presença excessiva de tropas que, segundo a RC, dificultou o trabalho de observadores e pesquisadores independentes.
Resultados oficiais em contradição com evidencias científicas e estatísticas.
Mudanças arbitrárias de última hora nos recintos eleitorais: milhares de eleitores da RC foram afetados pelas mudanças repentinas e injustificadas de seus lugares de votação.
Joselino Bolaños / Asamblea Nacional
A nota também denuncia a divulgação do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) de resultados preliminares favoráveis ao atual presidente. “Diante desta ameaça sem precedentes à democracia equatoriana, reafirmamos nosso absoluto compromisso com a transparência eleitoral e a defesa inabalável da vontade popular “, concluiu o comunicado.
González já anunciou que sua organização política exigirá a abertura das urnas e a recontagem voto a voto. “Esta é a primeira vez que a RC não aceita os resultados das eleições, mas não podemos permitir que a vontade popular seja pisoteada”, disse neste domingo, em Quito.
Com TeleSur
Fonte: Opera Mundi