O governo dos Estados Unidos enviou a todos os seus consulados e à embaixada norte-americana na China, um instrutivo que proíbe “relacionamentos românticos ou sexuais” com cidadãos chineses, medida que será imposta a todos os seus funcionários diplomáticos e também aos seus familiares e contratados com autorização dos serviços de segurança.
Segundo a agência de notícias Associated Press (AP), a decisão foi tomada em janeiro deste ano e colocada em prática pelo embaixador Nicholas Burns, ainda durante o governo de Joe Biden (2021-2025), pouco antes de deixar o país para ser substituído.
A matéria da AP afirma que a medida começou a ser discutida em meados do ano passado, quando membros do Congresso norte-americano teriam entrado em contato com Burns para expressar sua preocupação sobre as restrições a tais relacionamentos, considerando que elas não seriam rigorosas o suficiente.
Lembrança da Guerra Fria
A medida remonta aos tempos da Guerra Fria, quando diretrizes com conteúdo similar eram comuns em embaixadas de países considerados aliados da União Soviética.
Instrutivo que proíbe envolvimento amoroso com cidadãos locais foi difundido em todas as sedes diplomáticas dos EUA na China
Desde o fim do bloco socialista, as embaixadas, consulados e agências dos Estados Unidos fora do território estadunidense passaram a manter regras rígidas sobre relacionamentos com cidadãos locais, mas sem uma política proibição a relacionamentos.
Segundo a AP, há casos atualmente de funcionários diplomáticos norte-americanos casados com cidadãos dos países onde trabalham.
Vale lembrar que o atual presidente norte-americano, Donald Trump, ainda não nomeou um novo embaixador do país na China. Desde a saída de Burns, o cargo vem sendo ocupado interinamente pela encarregada de negócios Anny Vu.
Com informações de Associated Press e RT.
Fonte: Opera Mundi