O maior evento da América Latina, o 26º Festival Amazonas de Ópera (FAO), retorna aos palcos de Manaus, a partir desta terça-feira, 15 de abril de 2025. A abertura ocorre às 19h, no Teatro Amazonas.
A programação do festival segue até o dia 18 de maio de 2025, com apresentações no Teatro Amazonas e no Centro Cultural Palácio da Justiça, oferecendo ao público superproduções com alguns dos artistas mais consagrados do cenário operístico contemporâneo.
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PROGRAMAÇÃO DO ‘FESTIVAL AMAZONAS DE ÓPERA 2025’
A programação da 26ª edição reúne três óperas, três concertos e dois recitais e marca o início de um projeto de cooperação internacional que vai criar o ‘Corredor Criativo da Amazônia’.
A iniciativa envolverá instituições culturais do Brasil, Colômbia, Portugal e a Áustria com o objetivo de promover o FAO internacionalmente, e inserir o festival e a cultura na agenda ambiental sustentável da Amazônia.
Realizado com recursos da Lei Rouanet, com patrocínio do Bradesco, e com apoio da Innova e Swarovski, o Festival Amazonas de Ópera é organizado pelo do Fundo do Festival em parceria com o Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Cultura e Economia Criativa.
INGRESSOS
Os ingressos para os espetáculos do ‘Festival Amazonas de Ópera 2025’ estão à venda na bilheteria do Teatro Amazonas e no site shopingressos.com.br.
ABERTURA NO TEATRO AMAZONAS
A abertura será, nesta terça-feira (15/4), às 19h, com ‘La Vorágine’, uma ópera contemporânea baseada em um romance histórico colombiano, ambientado no ciclo da borracha.
Os personagens saem da Colômbia com destino à capital amazonense, que vivia seu apogeu econômico devido à exploração do látex. A obra é uma coprodução Brasil–Colômbia e simboliza a entrada oficial do país vizinho no ‘Corredor Criativo da Amazônia’.
Composta por João Guilherme Ripper, a montagem é inédita e reúne cantores colombianos e brasileiros, além de equipes técnicas dos dois países.
“Essa ópera marca o início de uma nova fase para o festival. A Colômbia, que já era parceira, agora passa a integrar o Corredor Criativo. Vamos assinar acordos com Portugal, Colômbia e Áustria, impulsionando a cultura, o turismo e a educação em Manaus e na região amazônica”, afirmou a diretora-executiva do festival, Flávia Furtado.
Mais de 80% dos artistas e técnicos envolvidos em todo o Festival de Ópera são de Manaus e já trabalham na montagem da estrutura dos espetáculos e dos figurinos há cerca de 15 dias.
Os ensaios em conjunto de parte dos artistas que vão se apresentar também já começaram no Teatro Amazonas e no Palácio da Justiça. Outros artistas desembarcam em Manaus, nas próximas semanas, para reforçar a preparação para os outros espetáculos.
De acordo com a organização do Festival Amazonas de Ópera, cerca de 280 pessoas estão engajadas diretamente na produção do evento – entre técnicos, solistas, coro e orquestra. A direção artística é do maestro Luiz Fernando Malheiro.
A programação do Festival de Ópera também contará com iniciativas voltadas à inclusão, como o espetáculo adaptado para crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA), e o espetáculo OCA alla Rossini para estudantes de escolas da rede pública.
CORREDOR CRIATIVO DA AMAZÔNIA
A proposta do ‘Corredor Criativo da Amazônia’ será lançada nesta quarta-feira, 16 de abril de 2025. Um dos objetivos é arrecadar recursos internacionais para fomentar ações estruturantes e de colaboração regional entre os membros do Corredor.
“A ideia é fazer o festival funcionar na primeira metade do ano e, no segundo semestre, o trabalho ficará centrado na formação da mão de obra local, parcerias técnicas e ações com educação para escolas e instituições públicas do Amazonas. Por isso, vamos buscar linhas de financiamento para a cultura e meio ambiente objetivando beneficiar as cidades da região amazônica”, adiantou Flávia Furtado.
Em conjunto com essa iniciativa, será lançado o Prêmio Carlos Gomes dentro do Concurso de canto de Cascais. A premiação é parte de uma estratégia de divulgação do Festival Amazonas de Ópera na comunidade europeia.
Dando visibilidade não apenas ao FAO, mas ao Brasil e nossa história importante com o gênero operístico.
Fonte: Edilene Mafra