quarta-feira, abril 23, 2025

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Fuvest 2026: aulas gratuitas discutem livros pedidos em vestibular


A BBM (Biblioteca Brasiliana Guita e José Mindlin), ligada à USP (Universidade de São Paulo), vai oferecer aulas gratuitas sobre os livros que serão cobrados no vestibular da Fuvest 2026.

Todas as obras deste ano foram escritos por mulheres. Segundo a Fuvest, a renovação se justifica pela necessidade de se valorizar o papel das mulheres na literatura, não apenas como personagens, mas como autoras.

A primeira aula da BBM terá como foco “Opúsculo Humanitário”, de Nísia Floresta. O encontro será no dia 16 de abril, às 18h, no Auditório István Jancsó, no Espaço Brasiliana. A participação é gratuita. A inscrição deverá ser feita pela internet a partir das 12h do dia 11 de abril.

Além de Nísia, as rodas também vão abordar as obras de Narcisa Amália, Júlia Lopes de Almeida, Rachel de Queiroz, Sophia de Mello Breyner Andresen, Lygia Fagundes Telles, Paulina Chiziane, Conceição Evaristo e Djaimilia Pereira de Almeida.

Confira algumas informações sobre as obras:

Nísia Floresta – “Opúsculo Humanitário” (1853) 

Escritora, poetisa e escritora, Nísia Floresta (1810-1885) foi uma das pioneiras do feminismo no Brasil. A obra “Opúsculo Humanitário” é composto por 62 artigos que discutem a opressão feminina.

Narcisa Amália – “Nebulosas” (1872) 

Narcisa Amália (1852-1924) foi uma escritora, poetisa e jornalista brasileira, reconhecida como a primeira mulher a viver profissionalmente da escrita no Brasil. Era defensora da abolição da escravatura, dos direitos das mulheres e da liberdade de expressão.

Júlia Lopes de Almeida – “Memórias de Martha” (1899) 

Júlia Lopes de Almeida (1862-1934) foi uma das precursoras da literatura infantil no Brasil. Em “Memórias de Martha”, o leitor acompanha a vida da jovem em um cortiço carioca, no fim do século XIX, e as dificuldades pelas quais passa com sua mãe, viúva, que precisa trabalhar para sustentar a filha.

Rachel de Queiroz  – “Caminho de Pedras” (1937) 

Rachel de Queiroz (1910-2003) foi a primeira mulher a integrar a Academia Brasileira de Letras. Tem uma obra marcada pelo regionalismo e pelo engajamento social. Em “Caminho de Pedras”, a escrita revela a força de uma mulher que decide seguir seus desejos, mesmo que isso implicasse um divórcio.

Sophia de Mello Breyner Andresen – “O Cristo Cigano” (1961) 

Sophia de Mello Breyner Andresen (1919-2004) foi considerada uma das mais importantes figuras da literatura de Portugal no século XX. “O Cristo Cigano” revela a influência da poesia de João Cabral de Melo Neto sobre a escrita de Sophia.

Lygia Fagundes Telles – “As Meninas” (1973)

Lygia Fagundes Telles (1923-2022) é considerada uma das maiores autoras da literatura brasileira. Sua obra transita entre o realismo e o fantástico. “As Meninas” tem como pano de fundo um pensionato para moças. As universitárias Lorena, Lia e Ana Clara iniciam a vida adulta num mundo conturbado por rápidas transformações.

Paulina Chiziane – “Balada de Amor ao Vento” (1990)

Moçambicana, Paulina Chiziane nasceu em 1955 e se tornou a primeira mulher a publicar um romance em seu país. Sua obra destaca-se por abordar questões como a condição feminina e os conflitos culturais e sociais de Moçambique. Em “Balada de Amor ao Vento”, ela conta a história de amor de Sarnau e Mwando.

Conceição Evaristo – “Canção para Ninar Menino Grande” (2018)

Em obras que misturam realidade e ficção, o elemento principal das obras de Conceição Evaristo é a narrativa das mulheres negras. Em “Canção para Ninar Menino Grande” a autora conta a história de Fio Jasmim, um homem negro ferroviário que se relaciona com várias mulheres.

Djaimilia Pereira de Almeida – “A Visão das Plantas” (2019)

Nascida em Angola em 1982, Djaimilia Pereira de Almeida é uma escritora e ensaísta portuguesa. A sua obra transita entre a ficção e a reflexão sobre a história e as relações entre Portugal e África. Em “A Visão das Plantas”, a autora retrata a história de Celestino, um homem cujo passado de brutalidade e violência atrozes é substituído por um amor delicado e cuidadoso pelo seu jardim.

Cronograma BBM

  • Datas: 16/04 (“Opúsculo Humanitário); 14/05 (“Nebulosas”); 11/06 (“Memórias de Martha”), 13/08 (“Caminho de Pedra”), 27/08 (“O Cristo Cigano”), 10/09 (“As Meninas”), 24/09 (“Balada de Amor ao Vento”), 15/10 (“Canção para Ninar Menino Grande”) e 29/10 (“A Visão das Plantas”).
  • Horário: 18h.
  • Onde: Auditório István Jancsó, no Espaço Brasiliana: Rua da Biblioteca, 21 – Cidade Universitária, São Paulo.
  • Inscrição: a participação nas aulas é gratuita, mas é necessário realizar a inscrição pela internet. O formulário para preenchimento estará disponível a partir do dia 11 de abril.

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Fonte: CNN Brasil

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