terça-feira, abril 22, 2025

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Glauber Braga analisa proposta de Hugo Motta e deve encerrar greve de fome


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O deputado federal Glauber Braga (PSOL-RJ) deve anunciar nesta quinta-feira (17) o encerramento da greve de fome que havia iniciado no último dia 9, após o Conselho de Ética da Câmara recomendar a cassação de seu mandato.

Após negociação com a deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP) e o líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), o presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), anunciou que foi encaminhado um acordo para que Glauber decida pôr fim ao protesto. De acordo com apuração do ICL Notícias, a tendência é que Glauber Braga aceite encerrar a greve.

O acordo prevê que Motta não pautará a representação no plenário, por pelo menos 60 dias, após a conclusão da análise do recurso que o deputado apresentará à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) na próxima terça-feira (22).

“Garanto que, após a deliberação da CCJ, qualquer que seja ela, não submeteremos o caso do deputado ao plenário da Câmara antes de 60 dias para que ele possa exercer a defesa do seu mandato parlamentar”, disse Motta em sua página oficial no X. “Após este período, as deputadas e os deputados poderão soberanamente decidir sobre o processo”, acrescentou.

Em abril de 2024, Glauber expulsou da Câmara com chutes e empurrões um militante do direitista MBL (Movimento Brasil Livre).

Integrantes do PSOL e do PT tentavam costurar um acordo para evitar a cassação do mandato do psolista, mas esbarravam na resistência de integrantes do centrão, grupo hoje majoritário na Casa.

Glauber Braga

O PSOL convocou uma entrevista coletiva para a tarde desta quinta, quando se espera que seja anunciado o aceno de Motta e o fim da greve de fome.

O Conselho de Ética da Câmara dos Deputados recomendou no último dia 9, por 13 votos a 5, a perda do mandato, mesma data em que o congressista do PSOL iniciou a greve de fome. Segundo assessores, ele estava ingerindo apenas apenas água, soro e bebidas isotônicas.

Glauber e a greve de fome

O deputado e aliados improvisaram um colchão do lado da mesa de coordenação do plenário 5 da Câmara, a mesma sala onde o conselho recomendou a sua cassação.

Eventual cassação do mandato do deputado, se concretizada, representará uma medida inédita -a primeira vez que um deputado tem essa punição por uma agressão física.

A história da Câmara é repleta de casos de violência que jamais resultaram em perda de mandato -desde socos desferidos por um parlamentar no rosto de uma colega dentro do plenário, em 1991, até episódios recentes que mencionam chutes, soco na barriga, pisão no pé e violência doméstica.

Apesar da recomendação da cassação, a palavra final é do plenário da Câmara. Antes, Glauber deve recorrer, possivelmente na próxima semana, à Comissão de Constituição e Justiça da Casa. À comissão, cabe analisar se o rito do Conselho de Ética foi cumprido. Caso entenda ter havido irregularidades, o caso pode voltar para nova análise no órgão.





Fonte: ICL Notícias

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