terça-feira, abril 22, 2025

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Hamas acusa Israel de usar fome como arma de guerra em Gaza


O bloqueio da entrada de ajuda humanitária por Israel em Gaza “equivale a admitir publicamente um crime de guerra”, disse o Hamas em um comunicado divulgado nesta quinta-feira (17/04). “Isso inclui o uso da fome como arma e a privação de itens de necessidades básicas, como comida, remédios, água e combustível, para civis inocentes, pela sétima semana consecutiva”, acrescentou o movimento.

O governo israelense bloqueia a entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza desde o dia 2 de março e acusa o Hamas de desviá-la, o que o movimento palestino nega. “Nenhuma ajuda humanitária entrará em Gaza”, disse o ministro da Defesa israelense, Israel Katz, em um comunicado na quarta-feira (16/04).

De acordo com o Escritório das Nações Unidas para Assuntos Humanitários (OCHA), a situação humanitária na Faixa de Gaza é “provavelmente a pior” desde o início do conflito, desencadeado por um ataque do Hamas ao território israelense em 7 de outubro de 2023. 





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Uma série de ataques aéreos israelenses também atingiu, nesta quinta-feira, tendas que abrigavam famílias deslocadas em Al-Mawassi de Khan Younis, no sul do enclave, deixando pelo menos 37 mortos, a maioria mulheres e crianças, segundo a última atualização divulgada pelo porta-voz da Defesa Civil, Mahmoud Basal. 

A ofensiva também matou um pai e seu filho perto da área de Al-Sawassi e outras sete pessoas em Beit Lahia. Imagens da AFP mostraram tendas em chamas na área de Al-Mawassi após os ataques e membros da defesa civil tentando controlar o fogo. 

O Exército israelense, que não comentou imediatamente os ataques, intensificou seus bombardeios aéreos e expandiu suas operações terrestres na Faixa de Gaza desde a retomada da ofensiva em 18 de março, após uma trégua de dois meses. A pausa nos combates permitiu o retorno a Israel de 33 reféns, incluindo oito mortos, em troca da libertação de cerca de 1.800 palestinos das prisões israelenses.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, defende que o aumento da pressão militar forçaria o Hamas a devolver os reféns sequestrados durante o ataque de 7 de outubro de 2023 em Israel.

Após a ofensiva do Hamas, Israel lançou uma operação militar que deixou dezenas de milhares de vítimas, cerca de 2,4 milhões de deslocados. O objetivo é desarmar o movimento e expulsar os combatentes do território, o que o movimento recusa. 

O Exército israelense anunciou na quarta-feira que transformou 30% do território palestino “em um perímetro de segurança” e relatou mais de 100 “assassinatos seletivos” desde 18 de março. 

Segundo o Ministério da Saúde de Gaza, pelo menos 1.652 palestinos morreram desde o fim da trégua, subindo para 51.025 o número de mortos em Gaza desde o início da ofensiva retaliatória israelense há 18 meses. “Gaza se tornou uma vala comum para os palestinos e aqueles que os ajudam”, denunciou a ONG Médicos Sem Fronteiras (MSF) na quarta-feira.

X/UNRWA
O governo de Israel bloqueia a entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza desde o dia 2 de março

Nova trégua?

O Hamas disse que está quase concluindo suas consultas sobre a trégua proposta por Israel na Faixa de Gaza. “O grupo enviará sua resposta aos mediadores assim que forem concluídas em breve, talvez até durante o dia”, disse uma autoridade do Hamas nesta quinta-feira.

Na quarta-feira, o gabinete do primeiro-ministro israelense disse que Netanyahu realizou “uma reunião de avaliação sobre a questão dos reféns com a equipe de negociação e altos funcionários de segurança”. “Ele deu instruções para avançar na libertação de nossos reféns”, segundo seu gabinete.

Israel atinge estrutura do Hezbollah 

O Exército israelense anunciou nesta quinta-feira ter atingido a infraestrutura do movimento xiita Hezbollah no sul do Líbano durante a noite, sem dar mais detalhes.

Apesar do cessar-fogo que entrou em vigor em 27 de novembro, Israel continua a realizar ataques regulares no Líbano, alegando ter como alvo o Hezbollah pró-iraniano. O Exército não forneceu detalhes sobre os locais visados na noite de quarta-feira, a natureza dos ataques ou seus resultados. 

A guerra promovida por Israel na Faixa de Gaza, que começou em outubro de 2023, levou o Hezbollah a abrir uma frente no sul do Líbano em apoio ao movimento palestino. O acordo de cessar-fogo em vigor desde o final de novembro prevê que apenas as forças de paz da ONU e o Exército libanês sejam implantados no sul do Líbano, que faz fronteira com Israel.

O Hezbollah deve se retirar para o norte do rio Litani, a cerca de 30 km da fronteira israelense, e desmantelar sua infraestrutura militar restante no sul. O Exército israelense deveria se retirar totalmente do sul do Líbano, mas permaneceu em cinco pontos estratégicos.



Fonte: Opera Mundi

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