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O primeiro pregão de junho refletiu o clima de incerteza que tem marcado o ano. O Ibovespa fechou a segunda-feira (2) com recuo de 0,18%, aos 136.786 pontos, enquanto o dólar comercial caiu 0,75%, a R$ 5,675. Os juros futuros (DIs) avançaram em toda a curva, sinalizando cautela dos investidores.
O aumento das tarifas sobre o aço anunciado por Donald Trump — de 25% para 50% — reacendeu as tensões comerciais. A União Europeia reagiu com ameaça de retaliação, o que pressionou as bolsas europeias e inicialmente derrubou os índices em Nova York. A possibilidade de uma conversa entre Trump e Xi Jinping amenizou o cenário e ajudou Wall Street a fechar em alta.
No Brasil, o foco segue na questão fiscal. O impasse em torno da proposta de mudança no IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) aumenta a incerteza doméstica. A alta da Selic já preocupa setores como o de infraestrutura, segundo o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento).
Em entrevista na porta do Ministério da Fazenda nesta manhã, o ministro Fernando Haddad reforçou que o governo deve apresentar, até esta terça-feira (3), uma proposta alternativa que “calibre” os impostos e dê novo fôlego à agenda de reformas estruturais. A intenção é encerrar a controvérsia sobre o IOF antes da viagem para a França do presidente Lula (PT), prevista para a noite de amanhã.
Apesar da valorização de ações como Vale (0,88%) e Petrobras, o desempenho fraco dos bancos pesou sobre o índice. BBAS3 caiu 0,60%, enquanto Bradesco teve leve alta de 0,25%. Azul e Gol subiram após avanços em processos judiciais e divulgação de resultados.
Mercado externo
Os indicadores de Wall Street começaram o dia em baixa com o anúncio de aumento das tarifas sobre o aço, mas as preocupações diminuíram quando a Casa Branca disse que os presidentes dos EUA e da China devem conversar esta semana.
O Dow Jones subiu 0,08%, aos 42.305,48 pontos; o S&P 500, +0,41%, aos 5.935,94 pontos; e o Nasdaq, +0,67%, aos 19.242,61 pontos.
Fonte: ICL Notícias