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Os índices futuros dos Estados Unidos operam com forte alta nesta quinta-feira (29), impulsionados por uma decisão judicial que derrubou tarifas comerciais impostas pelo ex-presidente Donald Trump e por resultados financeiros acima do esperado da gigante de tecnologia Nvidia.
Na noite de quarta-feira, o Tribunal de Comércio Internacional dos EUA considerou que Trump excedeu sua autoridade ao declarar estado de emergência para impor tarifas “recíprocas” a diversos países. A decisão unânime dos três juízes — indicados por governos de diferentes espectros políticos (Reagan, Obama e o próprio Trump) — anulou as ordens tarifárias, representando um revés para a política econômica do ex-presidente.
A Casa Branca anunciou que irá recorrer ao Tribunal de Apelações do Circuito Federal, em Washington, e está disposta a levar o caso à Suprema Corte, se necessário.
A reação positiva dos mercados também foi alimentada pelo balanço financeiro da Nvidia, divulgado após o fechamento do pregão de quarta-feira. A empresa superou as expectativas do mercado, reforçando o otimismo em torno da Inteligência Artificial (IA).
Além disso, investidores aguardam nesta quinta-feira uma série de indicadores econômicos relevantes nos EUA, como o PIB (Produto Interno Bruto) do primeiro trimestre e os dados de moradias pendentes referentes a abril.
No Brasil, o dia também é marcado por divulgações econômicas, incluindo o IGP-M (Índice Geral de Preços – Mercado) e o índice de confiança do setor de serviços, ambos relativos a maio; a taxa de juros e o spread bancário de abril; e a taxa de desemprego do mesmo mês.
Brasil
Após três altas consecutivas e novos recordes, o Ibovespa recuou 0,47% na quarta-feira (28), aos 138.887 pontos, em meio à cautela global e o desempenho de alguns dos pesos-pesados do indicador, como a Vale.
O dólar comercial subiu 0,89%, a R$ 5,695, e os juros futuros inverteram a tendência recente, com avanço em toda a curva.
Lá fora, os mercados operaram de lado repercutindo a ata da última reunião do Fed (Federal Reserve, o banco central estadunidense), que trouxe poucas novidades, e dos resultados trimestrais da Nvidia.
No Brasil, voltou ao foco o impasse fiscal: o governo estuda elevar o bloqueio de verbas para R$ 33 bilhões e resgatar R$ 1,4 bilhão de fundos como alternativa à alta do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras), o que gerou reação no Congresso.
Europa
As bolsas europeias operam em alta, enquanto investidores reagem à decisão do Tribunal de Comércio Internacional dos EUA, que bloqueou as tarifas ‘recíprocas’ impostas pelo ex-presidente Donald Trump.
STOXX 600: +0,35%
DAX (Alemanha): +0,56%
FTSE 100 (Reino Unido): -0,07%
CAC 40 (França): +0,73%
FTSE MIB (Itália): +0,41%
Estados Unidos
Os índices futuros dos EUA disparam hoje, impulsionados pelas ações da Nvidia, que subiram mais de 5% nas negociações após o fechamento do mercado, após a fabricante de chips superar as expectativas de receita e lucro no primeiro trimestre.
Dow Jones Futuro: +1,18%
S&P 500 Futuro: +1,58%
Nasdaq Futuro: +1,95%
Ásia
As bolsas asiáticas também fecharam com alta após o tribunal comercial dos EUA bloquear tarifas “recíprocas” de Trump. Por lá, a alta das ações da Nvidia também gerou impactos positivos, impulsionadas por um salto de 73% ano a ano na divisão de data centers da gigante de IA.
Shanghai SE (China), +0,70%
Nikkei (Japão): +1,88%
Hang Seng Index (Hong Kong): +1,35%
Kospi (Coreia do Sul): +1,89%
ASX 200 (Austrália): +0,15%
Petróleo
Os preços do petróleo sobem após um tribunal dos EUA bloquear a entrada em vigor das tarifas impostas por Trump, enquanto o mercado acompanha possíveis novas sanções americanas contra o petróleo russo e aguarda uma decisão da Opep+ (Organização dos Produtores de Petróleo mais aliados) sobre um possível aumento da produção em julho.
Petróleo WTI, +1,50%, a US$ 62,77 o barril
Petróleo Brent, +1,39%, a US$ 65,80 o barril
Agenda
Nos Estados Unidos, será divulgado o PIB (Produto Interno Bruto) do primeiro trimestre e as moradias pendentes de abril.
Por aqui, no Brasil, em apenas 14 dias, 97,5% dos aposentados que consultaram o sistema do INSS contestaram descontos feitos por associações e sindicatos. Das 2,2 milhões de consultas, apenas 55 mil reconheceram os débitos. O INSS promete ressarcir todos os lesados até o fim do ano e poderá acionar judicialmente as entidades envolvidas. A CGU (Controladoria-Geral da União) já havia identificado percentual semelhante em pesquisa nacional. O valor total dos reembolsos ainda não foi estimado. Ao todo, 41 entidades foram contestadas por descontos não autorizados.
*Com informações do InfoMoney e Bloomberg
Fonte: ICL Notícias