quarta-feira, abril 23, 2025

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Indústria chinesa impulsiona exportações – Opera Mundi


O governo da China emprestou US$ 1,9 trilhão extra a tomadores de empréstimos industriais nos últimos quatro anos, resultando em um “tsunami” de exportações que pode se espalhar ainda mais. A informação é do jornal norte-americano New York Times.

Principal alvo da guerra comercial de Donald Trump, e com uma política industrial de fazer inveja aos demais países do globo, a China já avisou que lutará contra “as tarifas até o fim”.

A produção industrial da China já é maior do que a manufatura combinada dos Estados Unidos, Alemanha, Japão, Coreia do Sul e Grã-Bretanha. E, à medida que novas fábricas entram em operação, as exportações se aceleram: subiram 13,3% em 2023 e 17,3% em 2024.





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Nas periferias do país, segundo o jornalista Keith Bradsher, correspondente em Pequim do NYT, “novas fábricas estão sendo construídas dia e noite, e as existentes estão sendo atualizadas com robôs e automação”.

“A China está usando mais robôs de fábrica do que o resto do mundo e a maioria deles é fabricada no próprio país”, relata o jornal, destacando que, ao mesmo tempo, o governo chinês vem financiando um boom na pesquisa e no desenvolvimento corporativo.

prédio de pesquisa da Huaewi
HoweyYuan/ Wikimedia Commons
Instituto de Pesquisa da Huawei em Beijing

Reação dos outros países

Bradsher avalia que “a onda de exportações ameaça causar o fechamento de fábricas e demissões não apenas nos Estados Unidos, mas também em todo o mundo”, a citar o comentário de Katherine Tai, representante comercial dos Estados Unidos durante o governo Biden, de que “o tsunami está chegando para todos”.

Até agora, complementa o jornalista, o tarifaço de Trump “é a resposta mais drástica ao impulso de exportação da China”. Ele lembra que muitos países já se moveram mais silenciosamente para aumentar suas tarifas, citando o aumento, em outubro do ano passado, de tarifas de até 45% sobre carros elétricos chineses pela União Europeia.

“Outras nações estão em “alerta máximo” para a possibilidade de que as exportações chinesas possam ser desviadas para outros lugares, ameaçando as economias de aliados de longa data dos EUA, como a União Europeia e a Coreia do Sul”, aponta o texto.

O jornalista do NYT aponta que a onda de exportações chinesa deve-se, em parte, ao fato de “seu próprio povo está comprando muito pouco” devido a “um crash do mercado imobiliário desde 2021, que “eliminou grande parte das economias da classe média e arruinou muitas famílias ricas”.

Em resposta, o país vem apostando na exportação e criando milhões de empregos para construir, equipar e operar fábricas. No último orçamento, US$ 100 bilhões foram destinados a investimentos, incluindo portos e outras infraestruturas, salienta Brasdher.



Fonte: Opera Mundi

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