terça-feira, abril 22, 2025

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Manuscrito medieval revela histórias perdidas sobre o Rei Arthur


Um pedaço de pergaminho encontrado em um volume de registros de propriedade do século XVI conta histórias antigas da Era Medieval. Mas muito mais do que isso, ele apresenta trechos sobre Merlin, o mago conselheiro do Rei Arthur, da Inglaterra.

Dobrado, costurado, rasgado e desgastado, o documento é um fragmento da Suite Vulgata du Merlin, uma rara sequência dos contos britânicos escrita entre 1275 d.C. e 1315 d.C. Ele foi restaurado por especialistas da Biblioteca da Universidade de Cambridge.

Manuscrito foi recuperado através da tecnologia

O manuscrito estava escondido na coleção da Biblioteca da Universidade de Cambridge. Ele finalmente atraiu as atenções de pesquisadores em 2019, mas o conteúdo era indecifrável. Isso porque remover e desdobrar o manuscrito teria danificado seu frágil pergaminho.

Mas foi aí que a tecnologia ajudou a entender mais sobre o passado da região. Os pesquisadores aplicaram uma variedade de técnicas de imagem para desdobrar digitalmente e ver através do papel para ler o que está escrito nele.

Documento foi descoberto em 2019, mas não podia ser decifrado (Imagem: Universidade de Cambridge)

A imagem multiespectral capturou todos os aspectos do pergaminho em vários comprimentos de onda, do infravermelho ao ultravioleta, para revelar o texto, mesmo onde ele havia sido usado além da legibilidade na luz visível. A tomografia computadorizada usou raios-X para fornecer um modelo 3D do fragmento.

Isso não apenas ajudou seu desdobramento digital, mas revelou os detalhes intrincados das técnicas usadas para vinculá-lo a outro livro. Esse modelo 3D foi então estudado em detalhes exaustivos, usando ferramentas como prismas e espelhos para fotografar o manuscrito de todos os ângulos possíveis para revelar as partes dele que estavam fora de alcance.

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Segredos sobre Merlin e o Rei Arthur

O fragmento conta dois episódios-chave do final do Suite Vulgata du Merlin. A primeira parte relata a vitória dos cristãos contra os saxões na Batalha de Cambénic. Conta a luta de Gauvain (com sua espada Excalibur, seu cavalo Gringalet e seus poderes sobrenaturais), seus irmãos e seu pai, o rei Loth, contra os reis saxões Dodalis, Moydas, Oriancés e Brandalus.

A segunda passagem apresenta uma cena ambientada na Festa da Assunção da Virgem Maria, com Merlin aparecendo na corte do Rei Arthur disfarçado de harpista – um momento que destaca suas habilidades mágicas e sua importância como conselheiro do rei.

Escultura do Rei Arthur em nas falésias que cercam o Castelo de Tintagel, local de seu aparente nascimento. (Crédito: Gary Perkin/Shutterstock)
Escultura do Rei Arthur, personagem mítico que historiadores acreditam nunca ter existido (Imagem: Gary Perkin/Shutterstock)

A metodologia desenvolvida nesta abordagem serve como modelo para o estudo e acesso não invasivo a documentos delicados. A equipe espera que a iniciativa inspire novas buscas por manuscritos medievais esquecidos, como este sobre o universo do Rei Arthur e do mago Merlin. As informações são do ScienceAlert.




Fonte: Olhar Digital

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