terça-feira, abril 22, 2025

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Petro acusa empresários de prepararem golpe na Colômbia


O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, denunciou nesta quarta-feira (26/03) uma tentativa de golpe de Estado promovida por setores empresariais opositores ao seu governo, que estariam promovendo uma narrativa de escassez de produtos no país de forma artificial, estocando grandes quantidades de medicamentos.

A declaração do mandatário surgiu após diligências da Superintendência de Saúde do país descobrirem que a rede de distribuidores Audifarma, ligada a empresas do ramo farmacêutico, mantinha grandes estoque de medicamentos em galpões não registrados.

O superintendente responsável pelas diligências, Johanni Rubiano, disse em uma coletiva à imprensa local que a investigação surgiu da detecção de anomalias denunciadas por consumidores em diferentes regiões.

“As provas que reunimos até o momento indicam que o problema é consequência de um sistema que prioriza a acumulação de lucro e outras necessidades das empresas de saúde, em detrimento das necessidades dos pacientes”, afirmou Rubiano.

Reformas

Para Petro, o esquema descoberto esta semana revela “a resposta de um setor empresarial, e especialmente do setor farmacêutico, à reforma da Saúde, uma das políticas mais importantes que estamos promovendo no país, e que está avançando lentamente no Congresso”.

Governo da Colômbia
Gustavo Petro comparou cenário atual da Colômbia com o que viveu o Chile antes do golpe contra Salvador Allende, em 1973

A reforma da Saúde foi aprovada na Câmara no dia 6 de março, mas ainda precisa passar pelo Senado para poder se tornar lei. A situação é idêntica à da reforma trabalhista apresentada por Petro, que foi aprovada pelos deputados em outubro de 2024, mas ainda não foi votada pelos senadores.

Golpe eleitoral

Petro também acusa alguns setores opositores de tentarem interceder junto ao Conselho Nacional Eleitoral para cassar a licença de partidos da coalizão governista Pacto Histórico, como o Colômbia Humana e o Partido Polo Democrático, para impedir sua participação nas eleições de 2026.

Ao comentar conjuntamente as questões enfrentadas no Congresso com o episódio revelado pela Superintendência de Saúde, o mandatário colombiano comparou o cenário atual do seu país com o vivido no Chile em 1973, durante o mandato do então presidente Salvador Allende – ocasião em que alguns grandes grupos empresariais estocaram diferentes tipos de produtos para gerar um panorama artificial de escassez.

“Eles querem um golpe de Estado e estão buscando isso na Câmara, no Conselho Eleitoral e em ações como essa (estoque de medicamentos), tentando fomentar a divisão no povo. Temos que saber lidar com isso antes que eles (grandes empresários) consigam pegar o povo desprevenido e façam o mesmo que fizeram contra o governo de Allende, embora sem a complexidade dos tempos atuais”, acrescentou.

 

Com informações de TeleSur.



Fonte: Opera Mundi

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