quarta-feira, abril 23, 2025

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Radio Pichincha questiona margem de votos em vitória de Noboa


O veículo público Radio Pichincha, do Equador, publicou nesta segunda-feira (14/04) um editorial destacando presença de “dados e evidências” controversas no resultado eleitoral que concedeu vitória ao presidente conservador Daniel Noboa, em disputa contra a candidata Luisa González, do Revolução Cidadã. 

Ao levantar que o segundo turno do pleito apresentou uma diferença significativa de votos em relação ao primeiro, realizado em 9 de fevereiro, o veículo explicou ser “muito raro uma candidatura perder votos no segundo turno” e questionou como a soma de apoios de partidos como o Pachakutik, o Partido Socialista e até mesmo do ex-candidato Jan Topic não se refletiu em maior votação.

“Vejamos: a diferença entre Luisa González e Daniel Noboa, no primeiro turno, foi de 17 mil votos e o que eles tiveram que capturar foi um milhão de votos. Mas se é verdade que não houve fraude, esses números não esclarecem o panorama. Pelo contrário, a confusão é notável”, afirmou. 





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De acordo com o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), Noboa venceu as presidenciais de domingo (13/04) por 55% contra 44% de González, do Movimento Revolução Cidadã, sigla da oposição.

A Radio Pichincha também defendeu que a denúncia realizada pelo Revolução Cidadã nesta segunda-feira, sobre “graves irregularidades” que evidenciam fraude nas eleições, terão de ser analisadas “com todos os elementos jurídicos, técnicos e informáticos”.

O editorial também lembrou que no primeiro turno do pleito presidencial houve pouca transparência por parte do CNE, mas que nada aconteceu apesar das denúncias feitas em províncias como Esmeraldas ou Manabí.

“Depois de termos vivido a pior crise econômica, o estágio mais agudo da violência criminal e alguns casos de corrupção não menos valiosos, apoiar um regime com essas ‘cartas de apresentação’, definitivamente não é compreensível”, afirma o veículo. “Se era isso que o povo equatoriano queria, se esse destino escolheu, amanhã não devemos reclamar das consequências de um modelo que não garante nenhum bem-estar à maioria dos cidadãos”.

Wikimedia Commons/Asamblea Nacional del Ecuador/Presidência da República do Equador
O movimento Revolução Cidadã (RC), da candidata Luisa González à Presidência do Equador, denunciou “graves irregularidades” que alteraram os resultados que deram vitória ao opositor Daniel Noboa

OEA referenda resultado eleitoral do Equador

A Organização dos Estados Americanos (OEA), que acompanhou o segundo turno das eleições no Equador, emitiu um comunicado reconhecendo os resultados preliminares que dão como vencedor Noboa. A entidade reiterou que, durante o processo eleitoral, “os cidadãos se manifestaram de forma pacífica e contundente”.

“A Missão deseja enfatizar que os dados fornecidos pelo Sistema Informatizado de Escrutínio e Resultados da CNE coincidem com as informações compiladas pelos observadores da OEA destacados no país. Além disso, a equipe da Missão realizou uma comparação das atas nas mesas observadas e pôde verificar a coincidência entre as atas transmitidas, as recebidas pelos partidos e as devolvidas no pacote eleitoral”, afirmou a nota.

A OEA enfatizou que, em suas primeiras avaliações, as pesquisas prévias e as sondagens de boca de urna não se mostraram confiáveis para prever os resultados oficiais. O órgão criticou que tais ferramentas criaram “expectativas errôneas”, além de se consolidarem como dispositivos de uso político.

No entanto, para atores políticos progressistas dentro e fora do Equador, gera estranheza o fato de ambos os candidatos terminaram o primeiro turno praticamente empatados, com uma diferença de 0,17% a favor de González, enquanto pesquisas de intenção de voto constavam empate.

União Europeia felicita Noboa

A União Europeia também saudou Daniel Noboa pela vitória do pleito presidencial, ao afirmar que as eleições “caracterizaram-se por uma elevada afluência às urnas e pela organização”, segundo Anitta Hipper, porta-voz da chefe da diplomacia do bloco Kaja Kallas.

Em rede social, a porta-voz também informou que a missão de observação eleitoral da UE continuará presente no país para realizar trabalhos de “monitoramento pós-eleitoral”.





Fonte: Opera Mundi

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