Em sua primeira declaração pública sobre os quatro meses de governo Trump nos Estados Unidos, o ex-presidente Joe Biden acusou o seu sucessor de “causar danos e destruições” no país.
“Em 100 dias, a nova administração causou tantos danos e tantas destruições. É de tirar o fôlego que algo assim possa ter acontecido tão rápido”, afirmou em Chicago, nesta quinta-feira (14/04), durante uma conferência nacional de Advogados, Conselheiros e Representantes de Pessoas com Deficiência.
“Eles [governo Trump] atacaram a administração da Previdência Social, ao mandar embora 7 mil funcionários”, lamentou, ao mencionar que as autoridades de Trump estão aplicando o mantra do Vale do Silício de “agir rápido e quebrar as coisas”.
Biden se referia à devastadora reforma na gestão federal do país, promovida pelo Departamento de Eficiência Governamental (DOGE) chefiado por Elon Musk. “Bem, eles certamente estão quebrando as coisas. Estão atirando primeiro e mirando depois”, ironizou.
Desmonte da Previdência Social
Segundo o NYT, os escritórios da Previdência Social de todo o país estão recebendo ligações de cidadãos preocupados com mudanças em seus benefícios sociais. A Administração da Previdência Social (SUS) anunciou o corte de milhares de empregos em sua sede.
Biden destacou que o site da Previdência Social “está em colapso”, ao reiterar que muitos americanos – 73 milhões dependem do benefício – “literalmente contam com a Previdência Social para comprar comida, apenas para sobreviver”. “Para muitos, complementou, é sua única renda”.

Adam Schultz/Biden for President
Em sua avaliação os cortes têm um precedente: os republicanos “estão à caça de recursos para financiar o corte de impostos para os ricos”, afirmou.
Biden aproveitou para lembrar que durante a sua administração, a Administração da Previdência Social reduziu os tempos de espera, melhorou as medidas antifraude e tornou o sistema de apelações para benefícios mais uniforme. “Tudo se tornou mais eficiente e eficaz”, disse.
Mesmo assim, recupera o NYT, no final de seu mandato, o índice de aprovação do democrata girava em torno de 36%.
Com New York Times.
Fonte: Opera Mundi