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Trump adia tarifa de 50% sobre produtos da UE


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O ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou neste domingo (26) o adiamento da tarifa de 50% sobre produtos da União Europeia (UE), inicialmente prevista para entrar em vigor em 1º de junho. A decisão ocorre após um apelo da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

A medida, segundo Trump, é uma resposta às “barreiras comerciais desleais” do bloco, que ele acusa de manter políticas prejudiciais às empresas americanas. Trump afirmou que as negociações com a UE estão estagnadas e voltou a criticar o déficit comercial de mais de US$ 250 bilhões anuais com o bloco. A nova data para possível implementação das tarifas é 9 de julho.

Nos bastidores, o anúncio reacende tensões comerciais entre EUA e Europa e pode impactar o ambiente global de negócios em plena corrida eleitoral americana.

Em seu perfil oficial na Truth Social, Trump escreveu: Recebi hoje um telefonema de Ursula von der Leyen, Presidente da Comissão Europeia, solicitando uma prorrogação do prazo de 1º de junho para a Tarifa de 50% no que diz respeito ao Comércio e à União Europeia. Concordei com a prorrogação — 9 de julho de 2025 — e foi um privilégio para mim. A Presidente da Comissão afirmou que as negociações começarão rapidamente. Agradeço a atenção dispensada a este assunto!”.

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Para Leonardo Trevisan, aproximação da UE com a China está por detrás da ameaça de Trump

Para o professor Leonardo Trevisan, da ESPM, a ameaça de Trump de impor tarifas de 50% sobre produtos da União Europeia tem menos a ver com práticas comerciais desleais e mais com questões geopolíticas.

“Trump usa a retórica inflamada, fala, desfala e volta a falar, criando confusão em meio a uma era de pós-verdade”, disse durante participação no ICL Notícias 1ª edição desta segunda-feira (26).

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Professor Leonardo Trevisan. Crédito: Reprodução ICL Notícias 1ª edição/YouTube

Na avaliação de Trevisan, o verdadeiro estopim da tensão não foram os argumentos comerciais citados por Trump, mas sim o avanço nas relações entre o bloco europeu e a China.

Em abril, a União Europeia fechou um acordo com Pequim que estabelece preços mínimos para a entrada de carros elétricos e outros produtos chineses — uma alternativa às altas tarifas impostas pelos Estados Unidos.

Além disso, o convite europeu para que Ursula von der Leyen e António Costa, presidente do Conselho Europeu, visitem Pequim em julho teria acirrado os ânimos. “A UE está dizendo aos EUA: se vocês não querem negociar, a China quer”, afirmou Trevisan.

Cronologia das Tensões Comerciais EUA–UE

Março de 2025

  • 12 de março: Os EUA impõem tarifas de 25% sobre todas as importações de aço e alumínio. A União Europeia e o Canadá anunciam contramedidas, enquanto outras nações, como Austrália, Reino Unido, Japão e Brasil, criticam a medida, mas se abstêm de retaliar.

Abril de 2025

  • 2 de abril: Os EUA anunciam uma tarifa de 20% sobre todas as importações da União Europeia, com início previsto para 9 de abril. A medida é parte de uma política de “tarifas recíprocas”.
  • 9 de abril: A União Europeia aprova tarifas retaliatórias de 25% sobre produtos norte-americanos, afetando cerca de 21 bilhões de euros em mercadorias. As tarifas são implementadas em três fases: suco de laranja e cranberries em 15 de abril; aço, carne, chocolate branco e polietileno em 16 de maio; e amêndoas e soja em 1º de dezembro.

Maio de 2025

  • 23 de maio: Trump, anuncia a imposição de uma tarifa de 50% sobre todos os produtos importados da União Europeia, com início previsto para 1º de junho.
  • 25 de maio: Após um pedido da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, Trump concorda em adiar a imposição da tarifa para julho, permitindo mais tempo para negociações.





Fonte: ICL Notícias

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