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Vítima de ataques misóginos no Senado, Marina Silva recebe onda de solidariedade


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A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, que enfrentou sozinha na tarde de terça-feira (27) uma série de ataques misóginos dos senadores Plínio Valério (AM) e Marcos Rogério (PL-RO) quando participava de reunião da Comissão de Infraestrutura do Senado, recebeu uma onda de solidariedade nas redes.

Antes do ataque verbal de Plínio Valério, o senador Omar Aziz (PSD-AM) provocou Marina Silva, atribuindo a ela culpa pela aprovação do Projeto de Lei 2.159/2021,  que muda as regras do licenciamento ambiental.

“Se essa coisa [o PL] não andar, a senhora também terá responsabilidade do que nós estamos aprovando aqui. Pode ter certeza! Pela intransigência, a falta de vontade de dialogar, de negociar, de conversar e de agilizar, mas nós iremos agilizar”, disse Aziz.

“É não querer honrar os votos de quem os elegeu, porque quem tem um mandato de senador, de deputado, vota pelas convicções que tem, não porque alguém o obrigou a fazer alguma coisa”, rebateu a ministra. “O licenciamento ambiental é uma conquista da sociedade brasileira e, nesse momento, só o povo brasileiro pode evitar esse desmonte que está sendo proposto”, afirmou.

Depois de ter sua fala interrompida diversas vezes, por diversos momentos os embates derivaram para a ofensa. Em um primeiro momento de tensão, Marcos Rogério, presidente da comissão, disse que afirmou que a ministra deveria ‘se pôr no lugar dela’, ao que ela retrucou: “Eu não sou submissa”.

 

A ministra  acabaria abandonando a sessão depois de Plínio Valério (AM) ter afirmado: “(…) ao olhar para a senhora, eu estou vendo uma ministra, eu não estou falando com uma mulher. Eu estou falando com a ministra. Porque a mulher merece respeito; a ministra, não. Por isso que eu quero separar.”

Marina cobrou um pedido de desculpas para continuar na sessão. Plínio, que em março disse disse ter vontade de enforcá-la (“Imagine o que é tolerar a Marina 6 horas e 10 minutos sem enforcá-la?”), se recusou. Marina então deixou a comissão.

Após sua saída da reunião, ministros, senadores e outras personalidades expressaram sua indignação em relação aos ataques sofridos pel ministra e se manifestaram nas redes em solidaridade e apoio.

 

 

 





Fonte: ICL Notícias

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