quarta-feira, abril 23, 2025

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Israel mata 57, incluindo dois jornalistas, nas últimas 24 horas


Israel bombardeou vários locais na Faixa de Gaza na manhã desta segunda-feira (07/04), deixando pelo menos 57 civis mortos, incluindo dois jornalistas, e vários outros feridos, segundo dados da Al Jazeera baseados nas fontes médicas locais.

Aeronaves israelenses atacaram uma tenda de imprensa perto do Complexo Médico Al-Nasser em Khan Yunis, no sul da Faixa de Gaza, matando os jornalistas palestinos Yusuf Al-Khazandar e Helmi Al-Faqa’wi. Este último profissional da imprensa, que reportava para a Palestine Today TV, foi queimado vivo após ficar preso na barraca, em chamas.

Os jornalistas Ahmed Mansour, Hassan Islayh, Ahmed al-Agha, Mohammed Fayeq, Abdullah al-Attar, Ihab al-Bardini, Mahmoud Awad, Majed Qudaih e Ali Islayh também ficaram feridos, alguns deles gravemente.





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O Sindicato dos Jornalistas Palestinos denunciou o crime de Israel como um “massacre horrível e hediondo” contra os jornalistas. Com os mais recentes assassinatos, o número de jornalistas mortos por Tel Aviv na Faixa de Gaza subiu para 210, segundo o Gabinete de Mídia do enclave palestino.

Para efeito de comparação, um relatório do Instituto Watson para Assuntos Internacionais e Públicos mostra que “a guerra de Israel em Gaza foi a mais mortal para profissionais da mídia já registrada”. Mais profissionais da imprensa foram mortos durante o genocídio palestino do que nas duas grandes guerras munidas, na Guerra do Vietnã, nas guerras na Iugoslávia e na guerra dos EUA no Afeganistão juntas.

Demais ataques pelo enclave

As forças sionistas também bombardearam duas casas a oeste de Deir al-Balah, no centro da Faixa de Gaza, matando duas pessoas e ferindo outras.

Drones israelenses atacaram um grupo de cidadãos na rua Wadi al-Arayes, no bairro de al-Zeitoun, ao sul da Cidade de Gaza, matando três pessoas, de acordo com a agência de notícias palestina Wafa.

Outra pessoa morreu em um bombardeio na área de Al-Jurn, no norte de Gaza.

Palestinian Journalists Syndicate/Facebook
Número de jornalistas mortos por Tel Aviv na Faixa de Gaza subiu para 210, segundo o Gabinete de Mídia do enclave palestino

Dois cidadãos também perderam a vida e outros ficaram feridos no bombardeio da ocupação israelense em Jabalia al-Balad, no norte da Faixa de Gaza.

Segundo a contagem baseada em relatos médicos da Al Jazeera, pelo menos 37 palestinos morreram em Gaza desde o amanhecer desta segunda-feira. Nas últimas 24 horas, foram mortas 57 pessoas, elevando a cifra de palestinos vitimados por Israel desde 7 de outubro de 2023 a 50.752.

Investigação sobre ataque contra paramédicos

Ainda de acordo com a emissora catari, o Crescente Vermelho Palestino (PRCS) solicitou uma “comissão de investigação internacional independente” sobre o ataque de Israel contra os 15 paramédicos da sua organização, da Organização das Nações Unidas (ONU) e da Defesa Civil em Gaza, em 23 de março.

O PRCS deseja “estabelecer os fatos e responsabilizar os responsáveis” depois que um vídeo gravado por um dos profissionais de saúde antes do ataque revelou que a ação foi intencional por parte do exército israelense.

A gravação de 6 minutos e 43 segundos, publicada na rede social X, contradiz a versão de Tel Aviv, que defende “não ter atacado as ambulâncias aleatoriamente” e que os veículos estavam se movendo “sem luzes e sem sinais de emergência”.

O vídeo, porém, “revela claramente que as ambulâncias e os caminhões de bombeiros que transportavam os paramédicos e o pessoal da defesa civil estavam claramente identificados como profissionais humanitários e tinham suas luzes de emergência acesas quando foram injustificadamente atacados pelas forças israelenses”, afirmou o PRCS.

“Não é mais suficiente falar em respeitar o direito internacional e a convenção de Genebra. Agora é exigido da comunidade internacional e do Conselho de Segurança da ONU que implementem a punição necessária contra todos os responsáveis”, declarou Younis al-Khatib, presidente da organização humanitária, durante uma entrevista coletiva nesta segunda-feira.

Al-Khatib reconheceu que o Crescente Vermelho Palestino “está acostumado às falsas alegações e histórias inventadas de Israel”, contudo, o assassinato dos 15 paramédicos revela “ao mundo inteiro quem está dizendo a verdade”.

(*) Com TeleSUR e informações da Al Jazeera



Fonte: Opera Mundi

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